Eczema: o que é e quais são os sintomas da doença de pele de Elle Fanning
A atriz publicou recentemente uma foto sem maquiagem em que mostra a vermelhidão causada pela dermatite
Recentemente, Elle Fanning compartilhou um clique sem maquiagem em que mostrou sua eczema, problema dermatológico que a acompanha há anos. Os fãs ficaram muito gratos pela representatividade que a foto trouxe para quem compartilha da condição – e de outras doenças de pele -, mas a imagem também despertou dúvidas sobre o assunto.
Para entender melhor sobre essa condição dermatológica – que é mais comum do que imaginamos -, a CH conversou com a médica dermatologista Fabiana Seidl, de São Paulo, e esclareceu dúvidas sobre o tema. Olha só:
O que é eczema?
De acordo com a especialista, eczema é um termo usado para definir um grupo de doenças dermatológicas, popularmente conhecidas como dermatite. As principais características das condições são: pele avermelhada, coceira, surgimento de placas ou casquinhas e até bolhas inflamatórias. Porém, as manifestações variam de acordo com o tipo de eczema e de como o corpo irá reagir à inflamação. No caso da Elle, a área afetada foi a pálpebra móvel, mas pode acontecer em qualquer área da pele, como nas mãos, braços, joelhos, pés, etc.
A condição de pele não é contagiosa e é muito mais comum do que imaginamos, viu? “Não existe apenas um tipo, os exemplos que mais temos casos são as eczemas de contato (que podem ser causadas pelo uso de relógio, pulseiras, cinto e até brincos), atópica (que deixa a barreira da pele mais frágil e, consequentemente, sujeita ao ressecamento e infecções), seborreica (que provoca manchas descamativas e vermelhas na pele em áreas oleosas), vidrose (bolhas que podem aparecer nas mãos ou nos pés normalmente associadas ao cansaço) e asteatótico (pele seca com rachaduras vermelhas pálidas, especialmente na parte inferior das pernas)”, explica a médica.
A doença pode se manifestar ao longo da vida e para que alguém apresente sintomas, é necessário existir uma predisposição genética, que pode ser originada de um gene que foi transmitido por um familiar ou pela falta de alguma proteína necessária na barreira de proteção da pele durante a formação.
Alguns fatores emocionais, como o estresse, podem acabar desencadeando o eczema de forma crônica, ou seja, uma versão mais avançada da condição (mas apenas para quem já tinha a predisposição para a doença, como falamos acima) . “Na pandemia, tivemos uma piora significativas nos números de casos, não só por causa do estresse e da ansiedade causada pelo momento que vivemos, mas também pelo uso excessivo de álcool, que resseca a pele”.
Como cuidar?
Após o diagnóstico, que pode vir no início da vida ou quando adulto após a doença se manifestar, não há nada proibido. Porém, é importante entender que, depende do tipo de eczema, não há cura, apenas tratamentos que auxiliam no cuidado com a condição. A dermatite atópica, por exemplo, vai acompanhar o individuo provavelmente para o resto da vida, com épocas de melhoras e pioras.
Um dos passos mais importantes da rotina de cuidados para quem tem a condição é manter a pele sempre hidratada, principalmente depois do banho. “O ideal é tomar no máximo dois [banhos] por dia para evitar o ressecamento em qualquer época do ano, mas em especial no inverno, além de usar sabonetes específicos que irão favorecer a saúde da pele. Dependendo do grau da dermatite, alguns pacientes precisarão também de remédios via oral ou pomadas, mas todo e qualquer tratamento deve ser indicado e supervisionado por um médico“, afirma a especialista.
Vale lembrar: as manchinhas na pele causadas pela dermatite não te fazem menos bonita, ok? Procure sempre um médico para te ajudar a lidar com essas questões – não só de saúde, mas de autoestima também.