Estudante processa escola após ser forçada a pintar o cabelo
A alegação dela é de que a exigência constituiu um tipo de abuso
Pintar o cabelo pode ser muito divertido, afinal, é a chance de você mudar e testar um novo visual. Mas infelizmente esse não é o caso de uma jovem japonesa de 18 anos, que está processando a escola por ter sido obrigada a pintar os fios de preto – uma exigência para não ser expulsa!
Segundo o The New York Times, o caso ocorreu na escola pública Kaifukan, localizada em Osaka, no Japão. Uma prática comum em instituições de ensino japonesas, o local segue uma política rigorosa em relação à cor do cabelo dos alunos. Pra você entender: uma pesquisa realizada pelo jornal local The Asahi Shimbun, em maio de 2016, confirmou que quase 60% dos colégios públicos de ensino médio em Tóquio pedem que os estudantes com cabelos castanhos ou de cor clara “provem” que os fios são naturais. A justificativa? Eles dizem que é uma maneira de evitar que os alunos sejam humilhados, já que o cabelo preto é mais comum no país e uma coloração diferente causa estranhamento.
Antes da matrícula, em 2015, a mãe da aluna informou que os fios castanhos da filha eram naturais e que eles nunca foram tingidos. Mesmo assim, funcionários a obrigaram a pintar o cabelo de preto, caso contrário, ela seria expulsa. A jovem atendeu à exigência, mas desenvolveu uma irritação no couro cabeludo por causa do corante da tinta, que costumava ser retocada a cada quatro dias.
A adolescente, que saiu da escola em setembro do ano passado, está processando a Prefeitura de Osaka e pedindo 2,2 milhões de ienes (aproximadamente R$ 62 mil) em danos, com a alegação de que a coloração constante dos fios constituiu um tipo de abuso.
E aí, o que achou do caso?