Mechas ‘free hands’ agridem menos o cabelo e garantem efeito natural

Conheça a técnica de luzes feitas à mão livre que produz visual menos marcado

Por Sofia Duarte Atualizado em 29 out 2024, 15h31 - Publicado em 3 ago 2024, 14h00
V

ocê já ouviu falar na técnica free hands utilizada para fazer mechas no cabelo? Essa costuma ser uma escolha para quem procura um resultado natural, e, para entender melhor como é feita e quais são suas vantagens, a CAPRICHO conversou com os cabeleireiros Wilson Costa e Danilo Herbert.

Como é feita?

Como sugere a tradução de free hands, a técnica é feita à mão livre, em busca de um resultado mais natural e sutil. Ou seja, dispensa o uso de touca, plaqueta dentada e até papel alumínio. “Ao contrário de outras colorações convencionais, você consegue o efeito esfumado e sem
demarcações, valorizando o volume e a textura natural dos fios”, afirma Wilson Costa, hairstylist do salão de beleza Jacques Janine Ilhéus. O profissional explica que, para aderir a esse método, é importante fazer a avaliação do rosto do cliente e aplicar a estratégia de visagismo para desenhar as mechas.

Por fim, ele ainda diz que a técnica é bastante procurada por combinar bastante com o clima tropical brasileiro. “Costumo falar que o free hands é uma celebração ao estilo praiano e pode aquecer o look em qualquer época do ano, principalmente no inverno.”

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@juniorqueirozcabelo

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♬ Used To Be – Anitta

Funciona para todas as curvaturas?

Sim, esse método pode ser feito em todas as curvaturas de cabelo, a diferença será o efeito percebido em cada uma delas. “No cabelo liso, conseguimos perceber mais a transição da coloração para o tom natural, evidenciando a técnica. Onduladas e cacheadas conquistam um efeito ainda mais natural, criando um degradê perfeito, como se os fios tivessem sido naturalmente clareados com o sol. Esse tipo de técnica também combina muito com nuances mais quentes – do castanho, passando para os ruivos ao superloiro. Quem tem cabelo afro vai adorar para garantir uma luminosidade aos fios”, relata Wilson Costa.

Qual a frequência da manutenção?

Por se tratar de uma técnica mais sutil, a oxidação da coloração é mais lenta, o que permite uma menor frequência de retoque. Para manter a raiz iluminada, indica-se uma manutenção entre 3 e 6 meses. “No mês seguinte, o próximo retoque acontece do meio às pontas. Sempre é bom destacar que qualquer processo de descoloração precisa ser feito com produtos de qualidade e com fórmulas ricas em aminoácidos essenciais para evitar o ressecamento. Entre o período do retoque, se sentir o cabelo mais amarelado, também é possível investir em matizadores”, completa o especialista do salão Jacques Janine.

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Quais são as vantagens?

A principal vantagens do free hands é que ele é menos agressivo para os fios. O hairstylist e embaixador da TRUSS Danilo Herbert conta que, ao dispensar o uso de papel alumínio ou qualquer outro tipo de ferramenta de ‘costura dos cabelos’, o procedimento se torna mais rápido, fragilizando menos os fios. “O resultado também é um diferencial, pois a técnica evita o saturamento das luzes, garantindo um visual mais homogêneo e iluminado, menos marcado. No entanto, como é preciso criar um design personalizado de aplicação, de acordo com o rosto, o corte e o volume dos cabelos, a técnica exige conhecimento e experiência por parte do profissional”, completa.

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E os cuidados?

O fato de ser menos agressiva, não dispensa uma atenção extra na hora dos cuidados pós-procedimento, tá? “É necessário criar um protocolo de tratamento, que inclua hidratação para dar resistência e elasticidade aos fios, nutrição para reposição de lipídeos, que devolvem a oleosidade natural e eliminam o aspecto ressecado, e reconstrução para devolução dos aminoácidos, que eliminam o aspecto poroso e quebradiço, além de pontas duplas”, aconselha Danilo. “Também é preciso fazer a manutenção da cor, com matizadores, por exemplo, com o objetivo de prolongar sua durabilidade”, conclui.

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