Gif animado com um lettering da Galera Capricho 2024, nas cores verde, azul e preto. O fundo muda de cor
https://beta-develop.capricho.abril.com.br/noticias-sobre/galera-capricho Galera CAPRICHO
Espaço de troca de conhecimento da Galera CAPRiCHO. Um grupo de jovens engajados de 13 a 18 anos que chamamos de leitores-colaboradores e que participam ativamente da vida da redação.
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Precisamos debater sobre a saúde mental (e menstrual) de nós, garotas

Os dois temas se conectam, e não devem ser um privilégio, mas um direito de todas!

Por Giovanna Feliponi e Alana Eloi 18 out 2025, 17h00
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ocê fala sobre saúde mental com as suas amigas? E sobre menstruação? Esse é um tópico ou ainda é um grande tabu? No último sábado, 11 de outubro, nós, Giovanna Feliponi e Alana Eloi, da Galera CAPRICHO, fomos ao evento Super Meninas, da Girl Up, para aprender e trocar conhecimento sobre essas questões tão presentes no dia a dia de toda garota. E nós queremos te trazer para esse debate também!

Assim como no evento, aqui, no BLOG DA GALERA, é seguro e sem preconceitos. Então, não fique com vergonha de ler e depois compartilhar com suas amigas para vocês refletirem juntas, tá? Estar em um espaço rodeado por meninas e mulheres que realmente entendem o que cada uma passa é muito acolhedor e importante.

Vem, agora, vamos te contar o que aprendemos.

Somos donas das nossas emoções

No primeiro painel do evento, com as psicólogas Bianca Mayumi, Úrsula Maschette, e apresentado pela Gessica Brenda, líder regional da Girl Up, falamos sobre algo que mexe fundo: a forma como as mulheres ainda são vistas quando expressam suas emoções.

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Enquanto os homens podem demonstrar raiva ou insatisfação sem grandes julgamentos, quando uma mulher faz o mesmo, é comum ser chamada de dramática, raivosa ou indelicada. Quando um homem é firme, dizem que ele tem personalidade forte. Quando uma mulher age igual, é vista como amarga ou sem noção. Já percebeu como essa diferença de tratamento ainda é gritante e cansativa?

Isso nos fez pensar em quantas vezes já reprimimos sentimentos por medo de parecer “demais”. É como se o mundo esperasse que a gente fosse sempre calma, pacífica e “tradicional”, enquanto eles podem impor o que querem sem culpa. Esse tipo de pensamento não só reforça estereótipos, como também alimenta o autojulgamento que tantas de nós carregam.

Saúde mental e menstrual se conectam

Quando o assunto se tornou a saúde menstrual, no segundo painel com a presença da internacionalista Lari Agostini e da ginecologista Amanda Loretti, ficou claro que mesmo que pareçam distintos, esses dois temas se conectam muito.

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Os dados compartilhados foram alarmantes e mostraram como o acesso à informação sobre o corpo feminino ainda é muito limitado. A pobreza menstrual é real, e o número de estudos sobre doenças como a endometriose continua baixíssimo. A verdade é que, em diferentes níveis, a saúde das mulheres segue sendo negligenciada.

Pior: o corpo feminino ainda é tratado como tabu. Desde pequenas, muitas de nós aprendemos a esconder tudo o que diz respeito a ele, como se fosse vergonhoso. Mas, ao mesmo tempo, somos constantemente expostas e julgadas por ele.

Mesmo com todos os avanços, ter acesso a um absorvente, a espaços de autoconhecimento e a conversas sinceras sobre o que vivemos ainda é um privilégio.

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Conhecer essa organização de perto foi inspirador e me encheu de esperança. É essencial que existam — e se multipliquem — espaços como esse, onde mulheres possam aprender, compartilhar e se fortalecer. Porque o acesso à educação e ao autoconhecimento não deveria ser um privilégio. Deveria ser um direito.

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