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Chip? Kit Covid? Relembre os principais delírios negacionistas da pandemia 

O mais absurdo é que tem gente que ainda acredita

Por Bruna Nunes Atualizado em 30 out 2024, 16h19 - Publicado em 19 fev 2022, 10h05

Faz dois anos que estamos enfrentando a pandemia de Covid-19 no Brasil. Além de todo o caos causado pelos vírus, que transformou a vida da maioria das pessoas, uma galera negacionista conseguiu deixar o cenário ainda pior – dentro e fora do país. Foram tantos absurdos já compartilhados que muitos parecem delírios mesmo e, infelizmente, o negacionismo é um dos grandes responsáveis pelo elevado número de mortes pela doença

Fundo colorido com colagem de fotos do presidente Bolsonaro usando máscaras de forma errada.
Andressa Anholete/Getty Images

A atriz Elizangela, de 67 anos, é um grande exemplo disso. Ela não acreditava na vacina, não tomou nenhuma dose do imunizante e foi internada com complicações graves após contrair o vírus. Outros casos parecidos foram noticiados mundo afora. Por isso, é sempre importante desmentir fake news sobre a pandemia – porque muitos dos delírios abaixo seguem sendo alimentados.

1. O tal do “Kit Covid”

Muitas pessoas, inclusive o próprio presidente da República, defenderam a eficácia da cloroquina contra a Covid-19 mesmo a OMS não recomendando seu uso para o tratamento ou a prevenção da doença. Quantos se recusaram a acreditar na ciência? Quantas vidas foram perdidas nessa “brincadeira”? 

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2. O desrespeito aos protocolos básicos

Além de não respeitarem os cuidados mínimos para o bem comum, negacionistas espalharam que o distanciamento, assim como uso de máscara e do álcool em gel, eram dispensáveis – novamente, sem nenhum tipo de respaldo científico. Afinal, “é só uma gripezinha”, como chegou a dizer Jair Bolsonaro em certa ocasião…

3. Os remédios caseiros e as curas milagrosas de redes sociais

As famosas correntes dos “tiozões do Zap” costumam ser as precursoras dessas curas sem comprovação. Teve quem disse que tomar água quente, limão ou chá de boldo era suficiente para curar a doença; teve quem falou que apenas o pensamento positivo bastava; teve até gente dizendo que o sal do mar matava o vírus e, por isso, não era necessário usar máscara na praia. 

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Presidente Bolsonaro em um fundo azul, com a bandeira nacional ao fundo. Ele está de terno, sem máscara, falando ao microfone e segurando uma caixa de remédio.

4. Ataques à vacina 

Negacionistas não acreditam no vírus, não acreditam no isolamento, não acreditam na eficácia da máscara e não acreditam na vacina. Entre os maiores delírios envolvendo os imunizantes, tivemos:

  • “Vacinas contra a Covid causam Aids”

Em uma live, Bolsonaro citou um suposto relatório do governo do Reino Unido que, segundo ele, dizia que pessoas vacinadas estavam desenvolvendo Aids. Obviamente, tudo não passou de uma notícia falsa. O próprio Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido se pronunciou desmentindo a fala do presidente.

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  • “Se já pegou Covid, não precisa mais se vacinar”

O presidente Jair Bolsonaro, em um de seus pronunciamentos, alegou que não precisaria tomar a vacina, pois já tinha anticorpos eternos por ter contraído a doença – o que não é verdade, vide casos de reinfecção.

  • “Vacinas vêm com chip”

Vários vídeos viralizaram nas redes sociais de pessoas fixando objetos metálicos no local onde a vacina foi aplicada, dizendo que  supostamente causavam esse efeito. Muita gente usou essa história para sustentar a fake news de que, na verdade, na hora da vacinação, implantavam um chip em você. Especialistas explicaram mais de uma vez que a “fixação” pode ocorrer se a pessoa estiver com o corpo úmido e até mesmo pelos restos de cola do curativo da aplicação.

  • “Uso de alumínio nas vacinas vai causar aumento no número de casos de Alzheimer e intoxicações”

Circulou nas redes sociais (novidade!) um vídeo de uma médica alegando que o uso de alumínio na vacina Coronavac causaria um boom nos casos de doenças como Alzheimer. O próprio Butantan se pronunciou explicando que é mentira. “A composição da Coronavac contém hidróxido de alumínio, um adjuvante comum e de uso convencional em outros tipos de vacinas e medicamentos”, disse.

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Uma publicação compartilhada por Instituto Butantan (@butantanoficial)

Essas são apenas algumas das falas que repercutiram. Você se lembra de mais algum delírio negacionista que surgiu durante a pandemia?

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