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Cresce número de cidades brasileiras com casos de “sommeliers de vacina”

Subiu para 75,5% o número de municípios com pessoas que tentam escolher o imunizante por marca, postura que impacta no combate a pandemia

Por Gabriela Junqueira Atualizado em 30 out 2024, 17h21 - Publicado em 16 jul 2021, 14h28
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CAPRICHO/Divulgação

De acordo com um levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CMN), subiu para 75,5% o número de cidades brasileiras que registraram casos de “sommeliers de vacina”, pessoas que tentam decidir o imunizante que vão tomar segundo a marca da vacina. “Esses grupos ficam peregrinando as unidades de saúde dos municípios a procura da vacina que mais lhe convém. Isso atrasa muito a vacinação como um todo”, explica Raphael Guimarães, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), para a CNN.

Imagem de seringa e embalagem de vacina
Евгения Матвеец/Getty Images

A pesquisa constatou que a Coronavac foi o imunizante mais rejeitado pela população, seguido pela vacina da Astrazeneca. Com o crescimento do número de pessoas que tentam escolher o imunizante, em um momento ainda crítico da pandemia e que esse tipo de atitude atrasa a vacinação, alguns governantes já agiram.

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Nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina algumas cidades já tomaram medidas. A Prefeitura de São Bernardo do Campo, por exemplo, publicou um decreto que envia para o final da fila aqueles que se recusarem a tomar a vacina que estivem disponível no posto de vacinação. A mais de 900 quilômetros de distância, em Goiânia, o prefeito Rogério Cruz também estuda assinar um decreto parecido. De acordo com a Prefeitura Municipal da capital, 17% dos moradores que pegaram a senha para se vacinar no drive-thru, desistiram ao saber a marca do imunizante.

Quem se nega a tomar a vacina disponível se engana que a decisão tem apenas efeitos em sua vida. Para o combate a pandemia ser mais efetivo, é importante que a população também se comprometa com a vacinação. “As pessoas que vão e não tomam vacina, porque aquela não é a que ela gostaria de receber, ela atrasa o processo, ela diminuiu a cobertura naquela faixa etária ou grupo prioritário que ela se encontra e, de modo geral, considerando que a vacinação não é apenas uma medida pessoal, mas coletiva, ela está prejudicando o todo“, disse a pneumologista e pesquisadora da FioCruz, Margareth Dalcomo, para o podcast Café da Manhã, da Folha de S. Paulo.

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