7 erros que diminuem a eficácia da máscara de proteção contra a COVID-19

Coisas que você pode achar que ajudam ou então que não atrapalham, mas que na verdade só colocam você e os outros em risco

Por Isabella Otto Atualizado em 30 out 2024, 17h54 - Publicado em 10 mar 2021, 11h38
colecao capricho sestini mochila bolsas
CAPRICHO/Sestini/Reprodução

Em março de 2020, o isolamento social foi instaurado no Brasil na tentativa de conter a pandemia de COVID-19. Um ano depois, cá estamos nós vivendo um cenário ainda pior do que aquele que marcou a mesma época do ano passado. E embora todos já saibam que a máscara de proteção é a maneira mais básica, barata e eficaz de se proteger no dia a dia contra o coronavírus, muitos seguem cometendo erros, seja porque caíram em fake news, seja por pura falta de bom senso social. Então, bora ter atenção e responsabilidade para não mais cometer os erros abaixo.

1. Passar álcool na máscara antes de sair de casa

Pode até dar aquela sensação de proteção borrifar álcool 70% sobre a máscara antes de colocá-la no rosto, como se a substância criasse uma barreira extra contra o vírus, mas ela é falsa. Na verdade, os cientistas recomendam que você faça justamente o contrário: não passe álcool no item de proteção, seja ele descartável ou reutilizável. Primeiro, porque ele pode ficar molhado e perder eficácia, segundo porque, “além da falta de garantia, os cientistas da UFPR (Universidade Federal do Paraná) alertam que, por ser uma substância inflamável, o álcool 70% quando borrifado sob as máscaras, aumenta as chances de queimaduras na face”, conforme informa o site da Câmara Municipal de São Paulo.

7 erros que diminuem a eficácia da máscara de proteção contra a COVID-19
Ada daSilva/Getty Images

2. Guardar a máscara usada sem os devidos cuidados

Se a sua máscara for reutilizável, ao trocá-la é importante retirá-la corretamente do rosto, evitando tocar em muita coisa além dos elásticos, e isolá-la antes de colocá-la na bolsa ou no bolso. Isso porque, se contaminada, ela pode acabar contaminando outras superfícies. Por isso, tenha sempre uma saquinho para proteger a máscara até a hora de higienizá-la corretamente – e proteger você e aqueles que você ama!

3. Prender a máscara cruzando os elásticos atrás da cabeça

Algumas máscaras, especialmente as caseiras, podem ter elásticos um ponto grandes, o que as deixam mais soltinhas no rosto. Afinal, temos cabeça de tamanhos diferentes. Para ajustar, muitas vezes prendemos o item de proteção cruzando os elásticos atrás de cabeça, ou seja, fazendo um “x” com eles. Errado! Esse truque pode acabar gerando uma dobrinha na abertura lateral da máscara facial, que pode acabar diminuindo bastante a sua eficácia.

Continua após a publicidade

4. Achar que a máscara está embaçando o óculos só porque ela é ruim

Em um artigo publicado no British Medical Journal, escrito por epidemiologistas do Universidade de Londres, consta que, se uma máscara embaça as lentes dos óculos, é sinal que muito ar está escapando pela parte superior dela, e isso é ruim porque abre um caminho maior para uma possível contaminação. Por isso, ajuste o item de proteção antes de sair de casa, para evitar ficar tocando a máscara na rua, e prefira sempre as descartáveis que têm um clipe nasal, pois elas tendem a se ajustar melhor no nariz. Ah! O fato de uma máscara embaçar os óculos também pode ser sinal de que ela é de um tamanho errado, ou seja, maior ou menos do que o indicado para você.

5. Usar maquiagem por baixo da máscara

De acordo com a Dra. Gláucia Ferreira, médica infectologista pediátrica do Hospital da Unimed Fortaleza, produtos mais densos, como bases e corretivos cremosos, podem gerar resíduos que grudam no tecido da máscara e diminuem a capacidade de filtragem do item de proteção, conforme explica no site da Unimed. Além disso, a especialista alerta que “a combinação entre máscara e maquiagem dificulta a respiração da pele, ocasionando o surgimento de manchas, irritações e acnes na região coberta(…) O ideal é não utilizar maquiagem sob a máscara de proteção“.

7 erros que diminuem a eficácia da máscara de proteção contra a COVID-19
A tal “máscara desejo” canelada de tricô pode até ser bonitinha, mas é ordinária Mercado Livre/Reprodução

6. Apostar em máscaras com muitas costuras na parte frontal

Quanto menos buraquinhos na máscara, melhor. É por isso que as máscaras de tricô, apesar de lindas, são altamente desaconselhadas, pois protegem pouco contra o coronavírus. Além disso, especialistas pedem parar evitar também máscaras caseiras que tenham uma costura vertical na parte frontal, na região do nariz, pois isso também pode diminuir sua eficácia.

Continua após a publicidade

7. Achar que máscara de proteção é item dispensável

Estamos vivendo uma pandemia há um ano no Brasil e a esta altura do campeonato negacionistas do vírus seguem sendo uma das razões para o país estar na situação que está, com o sistema de saúde chegando novamente ao colapso. Ao se negarem a usar a máscara e tomar os cuidados básicos de proteção, eles negam aos outros o direito de ir e vir com segurança, zombando ainda por cima daqueles que respeitam os protocolos e politizando questões totalmente fora de contexto. Seria bastante triste, se não fosse extremamente trágico. E cringe num nível sem precedentes.

 

Publicidade