Estes são os sinais de que você está mentindo para si mesmo sem perceber

Descubra o segredo para fortalecer sua segurança interna para parar de tentar se encaixar e agradar os outros o tempo todo

Por Personare 17 out 2025, 13h36
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o dia a dia, muita gente ainda usa máscaras, né? Não as de glitter e lantejoula, nem as de Halloween, mas aquelas que servem para esconder quem a gente é de verdade. Tudo para tentar se encaixar e agradar os outros.

A psicóloga Luisa Restelli explica que, nesse processo, a gente acaba criando versões falsas de nós mesmas. Tudo para não mostrar o que sente de verdade ou para evitar julgamentos.

E aí? Você sabe qual é a sua máscara? O que ela tenta esconder? Como ela aparece na sua vida?

Bora pensar junto com a Luisa sobre como essas máscaras surgem e como dá para se libertar delas para viver de um jeito mais leve e verdadeiro.

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Feridas, bloqueios e mentiras que a gente nem percebe

Luisa Restelli diz que, desde que nascemos (e até antes disso) a gente vai juntando marcas, traumas e experiências que moldam quem somos. Algumas vêm lá da infância, outras de momentos que nem lembramos direito, mas todas acabam influenciando a forma como enxergamos o mundo e nós mesmas.

Com o tempo, criamos jeitos de nos proteger: atitudes, padrões e bloqueios que parecem ajudar, mas muitas vezes só escondem o que realmente dói.

O mais complicado é que boa parte dessas dores fica no inconsciente. E, para não sofrer, tentamos evitar tudo que nos faz lembrar delas. Só que, sem perceber, a gente acaba repetindo os mesmos erros e situações.

No fim, o que a gente ainda não entendeu ou acolheu dentro de si continua ali, agindo em silêncio até que a gente decida encarar mesmo.

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O papel das mentiras que contamos (até para nós mesmas)

Quando a gente mente pra si mesma, acaba mentindo para os outros também. E é aí que começam os ciclos que se repetem e as armadilhas emocionais.

Essas mentirinhas internas funcionam como um tipo de escudo, uma forma de tentar controlar o que sentimos e o que acontece ao nosso redor.

A gente tenta estar no comando o tempo todo para não ter que encarar o medo, a dor ou a sensação de vulnerabilidade. Só que, no fim, essas máscaras até protegem, mas também prendem.

Olha só como isso pode aparecer na prática:

1. A “fortona” que aguenta tudo

Desde pequena, ela aprendeu que mostrar sentimentos era sinal de fraqueza. Por isso, virou a pessoa que dá conta de tudo, mesmo quando está exausta.

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Na escola, no trabalho, nas amizades e nos relacionamentos, está sempre segurando as pontas, mas, por dentro, só queria poder relaxar um pouco e ter alguém para acolher suas dores.

2. A boazinha que quer agradar todo mundo

Talvez tenha se sentido rejeitada lá atrás e cresceu acreditando que precisava ser perfeita para ser amada. Sempre gentil, sempre disponível, mas quase nunca verdadeira com o que sente. Às vezes, nem consegue perceber que sente raiva – e, quando percebe, tenta esconder para não perder o carinho dos outros.

3. A treteira como escudo

No outro extremo, tem quem vive na defensiva. Ataca antes de ser atacada, fala alto, impõe respeito. Mas, por trás dessa postura dura, existe medo e fragilidade.

👉 Para onde vai a raiva quando a silenciamos?

4. A sabichona que precisa ter sempre razão

Sabe aquela pessoa que quer parecer poderosa e inteligente o tempo todo? Muitas vezes, ela faz isso pra esconder a própria insegurança. No fundo, tem medo de não ser boa o bastante e acaba usando a arrogância como forma de se proteger.

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Essas são só algumas máscaras que a gente coloca sem perceber. Cada uma nasce de uma história, de uma ferida ou de um momento em que precisávamos nos defender.

Mas, para viver de um jeito mais leve e verdadeiro, o primeiro passo é reconhecer qual delas a gente ainda carrega.

Como se enxergar além da máscara?

Se conhecer de verdade é um processo que pede coragem e sinceridade com o que você sente. O autoconhecimento começa quando você decide olhar para si além das máscaras. Ou seja, entender o que elas estão tentando esconder e permitir-se agir de um jeito mais verdadeiro e leve.

Por exemplo: se algo te irrita e você consegue admitir que está com raiva, isso já é um passo enorme. Reconhecer o que sente é o começo de tudo.

Afinal, ninguém consegue mudar o que não enxerga. Para seguir em frente, é preciso primeiro saber onde você está.

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Exercício para identificar suas máscaras

Quer começar a entender melhor as máscaras que usa no dia a dia? Tenta fazer esse exercício simples, mas super transformador:

1. Faça uma lista das mentiras que você conta pra ser aceita

Vale tudo:

  • as mentirinhas que você conta para agradar alguém,
  • as que disfarçam o que sente,
  • e até aquelas atitudes que não combinam com quem você realmente é.

Essa lista é só sua, então seja o mais sincera possível. Ela vai te ajudar a enxergar quais máscaras você ainda usa e por quê.

2. Pense sobre o que está por trás dessas mentiras

Pergunte-se:

  • O que estou tentando proteger com isso?
  • Como esse comportamento aparece no meu dia a dia?
  • De onde vem essa necessidade de esconder ou disfarçar algo?

Com o tempo, você vai perceber que essas defesas, na verdade, te prendem. E quando começa a reconhecê-las, abre espaço para viver de um jeito muito mais leve, verdadeiro e com conexões reais.

O poder da terapia nesse processo

Entender o que se passa dentro de você é o primeiro passo para mudar de verdade. Quando a gente reconhece onde está e o que sente, começa a abrir espaço para viver de um jeito mais leve, com relações mais saudáveis e experiências que fazem sentido.

A terapia é uma aliada incrível nesse processo. É um espaço seguro para falar sobre o que dói, entender suas emoções e aprender a lidar com elas.

Com o tempo, você descobre novas formas de se acolher, enfrentar seus medos e se conectar com quem você realmente é.

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