Estes são os sinais de que você está mentindo para si mesmo sem perceber
Descubra o segredo para fortalecer sua segurança interna para parar de tentar se encaixar e agradar os outros o tempo todo
o dia a dia, muita gente ainda usa máscaras, né? Não as de glitter e lantejoula, nem as de Halloween, mas aquelas que servem para esconder quem a gente é de verdade. Tudo para tentar se encaixar e agradar os outros.
A psicóloga Luisa Restelli explica que, nesse processo, a gente acaba criando versões falsas de nós mesmas. Tudo para não mostrar o que sente de verdade ou para evitar julgamentos.
E aí? Você sabe qual é a sua máscara? O que ela tenta esconder? Como ela aparece na sua vida?
Bora pensar junto com a Luisa sobre como essas máscaras surgem e como dá para se libertar delas para viver de um jeito mais leve e verdadeiro.
📱Entre para o grupo de Terapias do Personare no WhatsApp
Feridas, bloqueios e mentiras que a gente nem percebe
Luisa Restelli diz que, desde que nascemos (e até antes disso) a gente vai juntando marcas, traumas e experiências que moldam quem somos. Algumas vêm lá da infância, outras de momentos que nem lembramos direito, mas todas acabam influenciando a forma como enxergamos o mundo e nós mesmas.
Com o tempo, criamos jeitos de nos proteger: atitudes, padrões e bloqueios que parecem ajudar, mas muitas vezes só escondem o que realmente dói.
O mais complicado é que boa parte dessas dores fica no inconsciente. E, para não sofrer, tentamos evitar tudo que nos faz lembrar delas. Só que, sem perceber, a gente acaba repetindo os mesmos erros e situações.
No fim, o que a gente ainda não entendeu ou acolheu dentro de si continua ali, agindo em silêncio até que a gente decida encarar mesmo.
👉 Leia também: Ser honesto com você mesmo pode mudar suas relações
O papel das mentiras que contamos (até para nós mesmas)
Quando a gente mente pra si mesma, acaba mentindo para os outros também. E é aí que começam os ciclos que se repetem e as armadilhas emocionais.
Essas mentirinhas internas funcionam como um tipo de escudo, uma forma de tentar controlar o que sentimos e o que acontece ao nosso redor.
A gente tenta estar no comando o tempo todo para não ter que encarar o medo, a dor ou a sensação de vulnerabilidade. Só que, no fim, essas máscaras até protegem, mas também prendem.
Olha só como isso pode aparecer na prática:
1. A “fortona” que aguenta tudo
Desde pequena, ela aprendeu que mostrar sentimentos era sinal de fraqueza. Por isso, virou a pessoa que dá conta de tudo, mesmo quando está exausta.
Na escola, no trabalho, nas amizades e nos relacionamentos, está sempre segurando as pontas, mas, por dentro, só queria poder relaxar um pouco e ter alguém para acolher suas dores.
2. A boazinha que quer agradar todo mundo
Talvez tenha se sentido rejeitada lá atrás e cresceu acreditando que precisava ser perfeita para ser amada. Sempre gentil, sempre disponível, mas quase nunca verdadeira com o que sente. Às vezes, nem consegue perceber que sente raiva – e, quando percebe, tenta esconder para não perder o carinho dos outros.
3. A treteira como escudo
No outro extremo, tem quem vive na defensiva. Ataca antes de ser atacada, fala alto, impõe respeito. Mas, por trás dessa postura dura, existe medo e fragilidade.
👉 Para onde vai a raiva quando a silenciamos?
4. A sabichona que precisa ter sempre razão
Sabe aquela pessoa que quer parecer poderosa e inteligente o tempo todo? Muitas vezes, ela faz isso pra esconder a própria insegurança. No fundo, tem medo de não ser boa o bastante e acaba usando a arrogância como forma de se proteger.
Essas são só algumas máscaras que a gente coloca sem perceber. Cada uma nasce de uma história, de uma ferida ou de um momento em que precisávamos nos defender.
Mas, para viver de um jeito mais leve e verdadeiro, o primeiro passo é reconhecer qual delas a gente ainda carrega.
Como se enxergar além da máscara?
Se conhecer de verdade é um processo que pede coragem e sinceridade com o que você sente. O autoconhecimento começa quando você decide olhar para si além das máscaras. Ou seja, entender o que elas estão tentando esconder e permitir-se agir de um jeito mais verdadeiro e leve.
Por exemplo: se algo te irrita e você consegue admitir que está com raiva, isso já é um passo enorme. Reconhecer o que sente é o começo de tudo.
Afinal, ninguém consegue mudar o que não enxerga. Para seguir em frente, é preciso primeiro saber onde você está.
Exercício para identificar suas máscaras
Quer começar a entender melhor as máscaras que usa no dia a dia? Tenta fazer esse exercício simples, mas super transformador:
1. Faça uma lista das mentiras que você conta pra ser aceita
Vale tudo:
- as mentirinhas que você conta para agradar alguém,
- as que disfarçam o que sente,
- e até aquelas atitudes que não combinam com quem você realmente é.
Essa lista é só sua, então seja o mais sincera possível. Ela vai te ajudar a enxergar quais máscaras você ainda usa e por quê.
2. Pense sobre o que está por trás dessas mentiras
Pergunte-se:
- O que estou tentando proteger com isso?
- Como esse comportamento aparece no meu dia a dia?
- De onde vem essa necessidade de esconder ou disfarçar algo?
Com o tempo, você vai perceber que essas defesas, na verdade, te prendem. E quando começa a reconhecê-las, abre espaço para viver de um jeito muito mais leve, verdadeiro e com conexões reais.
O poder da terapia nesse processo
Entender o que se passa dentro de você é o primeiro passo para mudar de verdade. Quando a gente reconhece onde está e o que sente, começa a abrir espaço para viver de um jeito mais leve, com relações mais saudáveis e experiências que fazem sentido.
A terapia é uma aliada incrível nesse processo. É um espaço seguro para falar sobre o que dói, entender suas emoções e aprender a lidar com elas.
Com o tempo, você descobre novas formas de se acolher, enfrentar seus medos e se conectar com quem você realmente é.
+ Quer receber as principais notícias da CAPRICHO direto no celular? Faça parte do nosso canal no Whatsapp, clique aqui.