Isso que é @! 6 escritoras brasileiras para acompanhar no Instagram

Separamos alguns @ que você pre-ci-sa conhecer. No regrets!

Por Gabriela Junqueira Atualizado em 31 out 2024, 00h35 - Publicado em 22 fev 2020, 10h01

Cada pessoa tem sua paixão. Entre tantas que existem, algumas encontram abrigo nas palavras. Ainda hoje, é comum ver uma discrepância entre a valorização dada ao trabalho feito por homens e mulheres, e o mesmo acontece dentro do campo da literatura. Para mudar esse cenário, precisamos incentivar mais mulheres e consumir seus trabalhos.

rustemgurler/Getty Images

Não, isso não é sobre apoiar o trabalho escritoras apenas por elas serem mulheres. É sobre parar de rotular mulheres que escrevem como frágeis e românticas demais e, por outro lado, elogiar os homens e chamá-los de sentimentais. É sobre olhar para os seus trabalhos pelo o que eles são!

 

Olhe ao redor. Que tal incentivar aquela amiga escritora ou artista que estuda com você ou mora no seu bairro? Pensando nisso, separamos algumas escritoras brasileiras que compartilham um pouco de seus trabalhos nas redes para você conhecer:

1. Kauany Bonnet (@kaubonnett)
Kau começou a escrever com 14 anos. A jovem ia para o quintal de sua casa, “olhava o céu e as palavras magicamente começavam a surgir”. Hoje, com 23 anos e três livros publicados, se pudesse dar um conselho para outras garotas, que também escrevem e têm vontade de compartilhar seus textos, diria: “seguir nosso coração exige coragem e o medo sempre estará presente, é inclusive importante ele estar. As críticas, as identificações, os feedbacks positivos ou negativos, tudo isso nos ajuda evoluir”.

https://www.instagram.com/p/B5BfDMsFqpr/

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A jovem ainda questiona: “se não mostrarmos o nosso manifesto ao mundo, como iremos concluir a nossa missão?”. Disse tudo Kau!

2. Liana Ferraz (@lianaferraz)
“Percebia que escrever era um jeito melhor pra mim de entender o mundo e, de certo modo, de pertencer ao mundo. Eu escrevo e me vejo dentro. Eu estou em todos os meus textos”, conta a professora de teatro, de 37 anos, Liana Ferraz. Com 14, ela começou a perceber que escrevia bem e começou a praticar mais. Porém, o sonho de se tornar escritora ainda parecia distante. Por conta da insegurança, apenas 7 anos depois conseguir ler um de seus textos para alguém. Um dia, decidiu reunir todos eles e, sem contar para ninguém, se inscreveu  em um concurso para publicar seu primeiro livro. O seu trabalho foi escolhido!

Jennifer Glass/Reprodução
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A insegurança foi deixada de lado e Liana começou a publicar seus textos no Instagram. Tinha chegado a hora de compartilhá-los com o mundo! “Agora eu não consigo e não quero mais parar. Ser lida é meu jeito de estar no mundo”, disse. No dia 09, ela lançou seu segundo livro, Analógica.

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meu chão flutua . . . . 🌻 tenho livro. me chama na DM.

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3. Gabriela Nolasco (@gabienna)
Gabriela Nolasco, ou melhor, Gabienna escreve aquelas frases que fazem a gente se identificar tanto a ponto de pensar: será que ela se inspirou na minha vida?

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Na sua conta mistura poesia e ilustrações com a sua história de vida. Gabi contou que começou a escrever porque sentia uma necessidade de compartilhar sentimentos e sempre acreditou no poder das palavras. O pai, professor de literatura, é uma de suas grandes inspirações.

https://www.instagram.com/p/Bij2R9cAOBr/?utm_source=ig_web_copy_link

A Gabi tem um recado para as meninas que escrevem e querem começar a publicar seus textos: “diria para as garotas que querem escrever que todas nós somos fundamentais e que nossas palavras são importantes, nossas verdades e sentimentos importam. A voz que temos é capaz de nos acolher e libertar. Escrever para mim é uma forma de materializar o que sou e como me sinto”.

4. Clarice Sabino (@nadadissoeparavoce)
Clarice sempre foi uma grande leitora. Começou a escrever ainda nova quando fazia teatro, disse que adorava imaginar possíveis diálogos. “Sempre tive necessidade de me expressar através da arte e com a escrita eu me encontrei”. Para Sabino, a escrita é uma forma de se conectar com ela, o outro e o mundo.

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Clarice Sabino / Facebook/Reprodução

Ao falar sobre a importância das palavras na sua vida, revelou que já observou casais tanto se formando como terminando nas legendas de seus poemas. Através da visibilidade conquistada nas redes sociais, começou a participar de feiras literárias, pode conhecer pessoalmente seus leitores além de autores que admirava.

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Do meu livro “Para que serve a poesia?” – Penalux, 2018.

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5. Nalu Romano (@naluromano)
Em seu site, Nalu se apresenta como lésbica, leonina inquieta e artista. Explicamos o último: além de escritora, ela também é comediante. Se mudou sozinha para Nova Iorque em 2016, com apenas 18 anos e vive lá desde então. Ainda pequena, depois que seu pai sofreu um acidente, a escrita foi uma das maneiras que encontrou para que se comunicassem. Em 2019 lançou seu primeiro livro, Você (e todas as outras coisas que me machucam também), em que convida o leitor para ver a tristeza de outro ângulo. Além de compartilhar alguns de seus textos e versos no Instagram, Nalu é bem ativa no Twitter e cria muitas threads!

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não sou a mesma. i’m not the same. ____ #nalupoems

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6. Ryane Leão (@ondejazzmeucoracao)
Ryane Leão é uma mulher preta, poeta brasileira e professora. Nasceu em Cuiabá mas, hoje mora em São Paulo, cidade em que cursou Letras, na Unifesp. Há mais de dez anos, começou a divulgar o seu trabalho através de posters colados nas ruas. Depois, decidiu postar seus textos e poesias na internet. Primeiro, criou uma página no Facebook e depois veio a conta no Instagram. Sim, Ryane é a @ondejazzmeucoracao! Ela também tem dois livros publicados. Tudo nela brilha e queima e Jamais peço desculpas por me derramar: Poemas de temporal e mansidão, ambos pela Editora Planeta.

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não se esconda, você está me ouvindo? não se recolha novamente na sua concha ou se feche na escuridão e no silêncio. quando o silêncio salvou mulheres como você? não se esconda, você está me ouvindo? você se levanta. você fala. você reconhece sua voz. ijeoma umebinyuo foto: bea andrade

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Quanta inspiração, né? E aí, já seguia alguma delas?

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