Médico anestesista é preso após estuprar grávida durante cesariana no RJ

O crime ocorreu no Hospital da Mulher, na madrugada desta segunda-feira (11).

Por Isabella Otto Atualizado em 30 out 2024, 15h47 - Publicado em 11 jul 2022, 12h57
Imagens de Giovanni Quintella Bezerra, médico anestesista preso em flagrante por estupro de vulnerável. Ele é um homem branco, por volta dos 30 anos, com cabelo curto e barba
Arquivo Pessoal/TV Globo/Reprodução

Na madrugada desta segunda-feira (11), o médico anestesista em formação Giovanni Quintella Bezerra foi preso em flagrante por estuprar uma mulher grávida durante cesárea no Hospital da Mulher, em Vilar dos Teles, em São João de Meriti (RJ).

A equipe médica, que já havia desconfiado em outras duas ocasiões do comportamento do especialista, decidiu colocar um celular dentro de um armário com porta de vidro e filmá-lo.

Essa equipe vinha suspeitando dos procedimentos que o médico vinha adotando em outras cirurgias. Principalmente a sedação desnecessária e a tentativa de dificultar a visão de outros médicos de uma parte do corpo da vítima, onde ele atuava, do pescoço para cima. Ele usava uma roupa muito grande e comprida que também não era muito comum usar e sempre usava essa sedação que a equipe avaliava como desnecessária e começou a suspeitar dele”, explicou Bárbara Lomba, delegada responsável pelo caso ao G1.

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O crime ocorreu durante a cirurgia. Enquanto a equipe médica encarregada do parto realizava o procedimento, do outro lado do lençol branco, o profissional foi flagrado introduzindo o pênis na boca da vítima, que havia recebido sedativo em excesso.

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Segundo relatório da Polícia Civil, a vítima ainda não havia sido informada sobre o ocorrido. A previsão é de que em dez dias o inquérito – ou seja, toda a análise da investigação – seja finalizado. As autoridades estão ouvindo testemunhas para entender se outros crimes podem ter sido cometidos por Giovanni. A pena por estupro varia de 8 a 15 anos de prisão.

O Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro) abriu um procedimento cautelar para a suspensão imediata do profissional; a Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Estado de Saúde emitiram notas oficiais repudiando a atitude do profissional de saúde e se colocando à disposição da investigação.

 

O Hospital da Mulher, onde o crime ocorreu, também se colocou à disposição das autoridades e afirmou em nota que “esse comportamento, além de merecer nosso repúdio, constitui-se em crime, que deve ser punido de acordo com a legislação em vigor”.

Nas redes sociais, o caso gerou repercussão. “Nem parindo em um hospital estamos seguras”, lamentou Elika Takimoto, doutora em Filosofia e pré-candidata à Deputada Federal pelo Rio de Janeiro.

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“Está osso acordar no Brasil(…) Eu não aguento mais tudo o que estamos vivendo“, escreveu a criadora de conteúdo Rebecca Gaia.

“Estuprar uma mulher em trabalho de parto com outros profissionais na sala só demonstra a crença que estupradores tem na impunidade”, declarou a Erika kHilton, vereadora e Presidenta da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de SP.

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