O que acontece com seu cérebro se você ‘largar’ o celular por 72 horas

Um estudo analisou o comportamento de jovens com uso do aparelho limitado por três dias, e apontou mudanças significativas no cérebro

Por Agência Einstein, com edição da CAPRICHO 26 set 2025, 13h04
A

o tratar os impactos do uso excessivo do celular na saúde física e mental da nossa galera aqui na CAPRICHO, a ideia não é ‘demonizar’ o smartphone, mas mostrar a importância de controlar o tempo de tela. Acredite, pequenas mudanças podem fazer a diferença. Um estudo recente da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, publicado no periódico científico Computers in Human Behavior, apontou que reduzir o uso do celular por apenas três dias já pode mudar nosso cérebro. 

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores selecionaram 25 adultos jovens entre 18 e 30 anos, para terem o uso do aparelho limitado por 72 horas. Durante esse período, eles poderiam utilizá-lo apenas para tarefas essenciais, como comunicação com familiares.

Como funcionou o estudo

  • Todos os voluntários passaram por exames de ressonância magnética no início e no final do teste para avaliar as mudanças no cérebro causadas pela limitação do uso do celular;
  • O exame foi feito enquanto eles observavam três imagens: cenas neutras, como paisagens, e fotos de celulares ligados e desligados;
  • Eles também  preencheram questionários sobre estados de humor e hábitos de uso ao longo do teste.

O que aconteceu após os jovens ficarem três dias de restrição do celular

  • Os voluntários apresentaram mudanças em áreas do cérebro ligadas ao sistema de recompensa. Quando expostos a imagens de smartphones, houve ativação de regiões associadas ao desejo mais intenso, como o giro cingulado anterior e o núcleo accumbens, estudadas em quadros de dependência de substâncias, como cigarro e drogas;
  • Os pesquisadores perceberam a ativação em vias de dopamina e serotonina, neurotransmissores relacionados a regulação do humor e dependência.
  • Os resultados também sugerem uma melhora na qualidade do sono e do humor dos voluntários após três dias menos conectados.
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Apesar de o estudo ter tido limitações, como o número pequeno da amostra e a falta de monitoramento para saber se efetivamente os voluntários ficaram abstinentes, é mais um indício que o hábito de rolar o feed por horas não é tão inofensivo como pode parecer. Bora pensar mais sobre nisso e se cuidar? Neste outro texto aqui, te apresentamos quatro aplicativos que vão te ajudar a controlar melhor o tempo de tela.

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