3 samples imprevisíveis que PinkPantheress já usou em suas músicas
As referências da musa do TikTok vão das raves dos anos 90 ao house clássico e até a música erudita do século XIX
ão é novidade que PinkPantheress sempre soube transformar referências improváveis em hinos do TikTok. Com faixas curtas, cheias de melancolia e beats acelerados, a britânica conquistou milhões de plays no streaming e dominou as redes sociais com músicas que parecem familiares, mas sempre carregam uma surpresa: o uso de samples inesperados.
Reunimos três momentos em que ela mergulhou em fontes nada óbvias para reinventar sons de diferentes décadas e estilos.
Illegal e a viagem eletrônica com Underworld
Lançada em junho de 2025, Illegal trouxe uma inspiração direta dos anos 1990. A faixa, que viralizou com uma das maiores trends do ano nas redes sociais, sampleia a versão Dark Train de Dark & Long, clássico do grupo eletrônico britânico Underworld, conhecido por ter embalado a trilha do filme Trainspotting (1996).
O original, hipnótico e sombrio, já era marcante nas pistas de rave, mas PinkPantheress conseguiu remodelar o som em um UK garage acelerado. O resultado é um contraste curioso: enquanto a letra fala sobre drogas e ilusões, a batida carrega um toque nostálgico das raves que marcaram a cena eletrônica nos anos 1990.
I Must Apologise e o house clássico de Crystal Waters
No seu debut To Hell With It (2021), PinkPantheress apresentou I Must Apologise, uma canção rápida e quase confessional sobre um romance destruído por mentiras. Mas o que chamou atenção mesmo foi o sample escolhido: nada menos que Gypsy Woman (She’s Homeless), hit de Crystal Waters lançado em 1991.
A faixa original é um dos pilares do house, com seu icônico refrão “la da dee, la da da”. PinkPantheress resgatou esse riff lendário e o transportou para sua estética lo-fi, dando uma nova camada de ironia. O resultado é uma ponte inesperada entre os anos 90 das pistas de dança e a era do TikTok.
Pain e a delicadeza de Erik Satie
Talvez o sample mais surpreendente esteja em Pain, single de 2021. Além de se apoiar no UK garage com a base de Flowers do duo Sweet Female Attitude, a música ainda traz ecos do piano impressionista do francês Erik Satie, mais especificamente de sua Gymnopédie nº 1, composta em 1888.
A peça clássica, conhecida pela atmosfera lenta e melancólica, aparece discretamente entre beats eletrônicos e vocais etéreos. Essa fusão inesperada entre o século XIX e a cultura digital reforça a habilidade de PinkPantheress em costurar mundos musicais distantes e ainda assim soar incrivelmente atual.
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