BBB23 prova que formar casal é uma das piores decisões em um reality show

Reais ou imaginários, pares românticos desse tipo de programa não funcionam há anos

Por Vand Vieira Atualizado em 29 out 2024, 18h52 - Publicado em 13 mar 2023, 06h43

Se a associação entre sorte no amor e azar no jogo não fosse tão antiga, reality shows como o Big Brother Brasil certamente poderiam tê-la inspirado. No BBB23, por exemplo, tanto os casais propriamente ditos (Guskey e Laried) quanto o romance fictício de Docshoe puxaram Gustavo, Key Alves, Larissa, Fred, Amanda e Cara de Sapato para baixo — principalmente elas!

Recém-saída do programa, Key foi vista como falsa por se fechar em um casal com o fazendeiro e falar o que realmente pensava apenas para ele, fosse sobre os amigos ou os rivais. Já Larissa, que está no paredão desta semana, tinha uma ótima visão e chegou a ser considerada uma das favoritas da edição. No entanto, a professora de Educação Física provavelmente será eliminada amanhã à noite (14) por ser incapaz de enxergar a hipocrisia e a conveniência de Fred. Ela, inclusive, justifica e reproduz os posicionamentos do boy.

Algo parecido acontece com Amanda. A médica tem potencial e até ensaia se impor mais em certos momentos, mas a relação com Sapato parece prejudicá-la nesse sentido. É como se ela preferisse se abster e apoiá-lo incondicionalmente a colocar a amizade dos dois em risco. E com razão, né? O lutador é extremamente sensível e sempre faz dos menores atritos algo enorme. Mesmo assim, justamente por isso, Amanda muitas vezes fica na sombra do amigo, perde a oportunidade de se destacar.

Não é de hoje, mas nem sempre foi assim

A princípio, para além dos sentimentos e da carência, formar casal no BBB era visto como a possibilidade de ter peso dois nas votações e uma chance a mais de ser imunizado pelo anjo ou não ser indicado pelo líder. Fora o tempo de tela, o apego do público.

De fato, isso não mudou, mas também faz tempo que deixou de ser garantia de chegar até a final. Até porque, com o passar dos anos, os próprios participantes começaram a fazer de tudo para separar os casais que surgiam enquanto, aqui fora, a rolava a desconfiança de que algumas aproximações eram forçadas.

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Hoje, salvo casos que tenham um enredo mais interessante (rejeição, triângulos amorosos e por aí vai), essa questão é vista com muito mais naturalidade pelo público e não é encarada como uma ameaça pelos confinados. E, se pensarmos em casais como Marcela e Daniel (BBB20) e Arthur e Carla Diaz (BBB21) fica fácil entender a razão.

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