Elenco de Apanhador de Almas revela bastidores do filme de terror nacional
Estrelado por Klara Castanho e Duda Reis, Apanhador de Almas aposta no terror sobrenatural para abrir novos caminhos no cinema nacional
ruxaria, eclipse lunar e um jogo de sobrevivência. Esses são alguns dos ingredientes de Apanhador de Almas, novo filme nacional que já está em cartaz e vem chamando atenção por apostar em um gênero ainda pouco explorado no cinema brasileiro: o terror sobrenatural.
Dirigido por Fernando Alonso e Nelson Botter Jr., o longa acompanha quatro amigas aspirantes a bruxas que, durante um ritual em plena noite de eclipse, acabam presas em um limbo dimensional. Lá, elas precisam enfrentar o misterioso Apanhador de Almas e apenas uma poderá sair viva.
Estrelado por Klara Castanho, Duda Reis, Jessica Córes, Priscila Sol, Larissa Ferrara e Ângela Dippe, o filme promete suspense, rituais e dilemas intensos sobre amizade e sobrevivência.
Em entrevista à CAPRICHO, o elenco destacou a importância de participar de uma produção que abre caminhos para o terror brasileiro. “É um gênero ainda pouco explorado no Brasil e fazer parte desse movimento é muito legal. Estamos nos descobrindo como atrizes em lugares que não tínhamos experimentado”, contou Klara Castanho.
Para Larissa Ferrara, que vive uma das versões de Isabella, o longa tem tudo para conquistar quem já ama o gênero: “A gente explora muito pouco suspense e terror, mas tem muita gente que consome e gosta. Espero muito que possamos abrir um caminho maior para esse tipo de filme no Brasil.”
Já Priscila Sol, que também interpreta Isabella, acredita que o país tem um terreno fértil para esse tipo de narrativa: “Nosso folclore tem muitos personagens que poderíamos explorar mais. Existe uma brasilidade no terror que pode agregar muito ao gênero.”
Apesar da atmosfera sombria da trama, os bastidores foram recheados de leveza e boas histórias. Duda Reis e Jessica Córes, por exemplo, se divertiram tanto juntas que às vezes era difícil manter a seriedade em cena. “A gente não conseguia parar de rir. Já aconteceu dos diretores pedirem para respirar e focar de novo”, lembrou Duda.
“Se fosse uma comédia, ia dar muito certo também”, completou Jessica.
Outros relatos mostram como o processo foi intenso emocionalmente. Priscila compartilhou que enfrentou momentos pessoais difíceis durante as gravações e que precisou se afastar, sendo substituída por Larissa: “Esse filme me pegou. Cada trabalho você pega uma energia e eu peguei uma energia densa ali. Eu não estava bem na vida pessoal, estava numa baixa vibração. Emparelhei com uma energia que não foi legal para mim e não soube lidar, fiquei doente.”
Segundo Priscila, o impacto foi tão forte que precisou se afastar das gravações, e é por isso que o papel de Isabella acabou sendo dividido com Larissa Ferrara. “Compartilho a mesma personagem com a Larissa, que fez a Isabella lindamente. Esse filme representa muita coisa para mim, inclusive esse processo. Eu trabalhei nas sombras, quando não pude continuar, a Larissa entrou.”
Em tom mais filosófico, Priscila dividiu uma reflexão pessoal sobre a sensação de ser substituída em cena, algo que mexeu com ela como atriz e como pessoa: “Nós somos substituíveis, sim. Uma vez, brigando com a minha irmã, ela não foi trabalhar no restaurante porque viajou, e a minha mãe substituiu ela. Eu disse: ‘É fácil, né, ter um restaurante e a mamãe trabalhar para você.’ Ela me chamou de desempregada, e eu respondi: ‘Eu sou insubstituível, mamãe não pode trabalhar por mim.’ E olha que louco, nós somos, sim, substituíveis.”
Com duração de 109 minutos, Apanhador de Almas investe em elementos clássicos do gênero: rituais, entidades e viagens a outras dimensões, mas também busca trazer uma identidade própria ao terror feito no Brasil. Para o elenco, o maior desejo é que o público embarque nessa atmosfera e que produções do tipo se tornem mais frequentes por aqui.
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