IZA sobre novo clipe: “Pesadão é uma voz de representatividade”
A cantora lançou seu novo clipe nesta quinta-feira (5), com participação de Marcelo Falcão
Cheia de personalidade, IZA conquista todos já no primeiro contato por sua simpatia e, claro, pelo swing e as músicas que ficam na cabeça. E foi assim que aconteceu o encontro com a cantora, que é a sensação do momento. No lançamento do clipe da música Pesadão – que conta com a participação de Marcelo Falcão – no YouTube Space, no Rio de Janeiro, IZA recebeu a CAPRICHO para um bate-papo delicioso. Empoderada, falou sobre a música e suas influências, o lançamento do novo CD, o poder da mulher negra e muito mais.
CH: Qual a história por trás da música Pesadão?
IZA: Essa música fala por mim, fala que nós juntos somos mais fortes. Pesadão fala sobre a superação, é uma voz de representatividade, de empoderamento, levantando questões de quebra de padrões. No clipe a gente mostra isso.
CH: No clipe, chama a atenção o colorido e a força da letra. Ele ficou do jeito que você queria?
IZA: Sim! Foi tudo muito rápido, tudo feito em dois dias. Gravamos no viaduto de Madureira, que é um lugar muito importante pra mim, não só musicalmente falando, mas por toda a história do movimento negro. Foi uma correria, mas valeu a pena.
CH: Por que você convidou Marcelo Falcão e qual a importância que ele tem para a sua música?
IZA: Eu sempre o admirei como artista e pessoa. Queria alguém que tivesse a ver com esse discurso que temos na música, e o Falcão tem isso. Ele colaborou também com a composição. Fez todo sentido ele estar nessa música.
CH: E o álbum novo, quando será lançado?
IZA: Está chegando! O disco será lançado em novembro. Estou muito ansiosa. Ele está bem legal, tem coisas diferentes e tudo se conversa. São vários lados meus sendo mostrados nesse trabalho.
CH: Você tem milhares de seguidores e é uma referência para vários jovens. Como é falar sobre empoderamento com eles?
IZA: Eu não imaginava que estaria neste papel. A gente vai vivendo, passando a nossa mensagem, conversando com eles. E,
de repente, se vê nesse papel. Mas ninguém melhor do que eu para falar sobre como é ser uma mulher negra, moradora de Olaria (subúrbio do Rio), e contar minhas experiências. Fico feliz que todo mundo entende isso e de ver que todos têm algo importante para falar.
CH: Quando foi que você percebeu que tinha uma voz nesse movimento?
IZA: Comecei a perceber essa força do empoderamento quando passei a ver que as meninas vinham me procurar dizendo que estavam usando trança por minha causa, que estavam se achando mais bonitas por minha causa. Isso me emociona muito! Eu sei o que é isso que elas estão falando. Quando mais nova, queria me ver nos filmes, nos brinquedos, nas novelas e nas capas de revistas. E eu me via muito pouco… Hoje me vejo mais, mas ainda tem muita coisa para ser feita.