Mais uma vez, as músicas de Taylor Swift são vendidas sem aprovação dela

Scooter Braun vendeu os direitos das gravações da cantora por mais de R$ 1,6 bilhão e Taylor comentou a situação. Vem ver!

Por Amábile Reis Atualizado em 30 out 2024, 23h14 - Publicado em 17 nov 2020, 10h05
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CAPRICHO/Sestini/Reprodução

Nesta segunda-feira (16/11), o mundo pop foi surpreendido com uma notícia envolvendo Taylor Swift. De acordo com a Variety, Scooter Braun, que é dono dos direitos das gravações originais dos seis primeiros álbuns de Tay, decidiu vender tudo a um investidor misterioso por cerca de R$ 1,6 bilhão.

Para quem não se lembra, em junho de 2019, Scooter comprou a antiga gravadora de Swift, a Big Machine. A aquisição incluiu a lista de clientes, acordos de distribuição, publicações e a propriedade das gravações masters dos artistas, mesmo os que já não estavam mais na gravadora, como foi o caso da cantora, que deixou a BM em 2018.

Na Internet, surgiram boatos de que Swift poderia ser a tal investidora misteriosa. Afinal, ela começaria a regravar os seus antigos projetos neste mês. Então, os internautas imaginaram que ela pudesse ter comprado os seus masters antes de dar o pontapé inicial nas gravações. Diante aos rumores, Swift decidiu colocar os pingos nos is e esclarecer toda a situação.

Veja o comunicado na íntegra:

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“Eu queria vir aqui dar uma atualização a vocês. Como vocês sabem, eu tenho tentado ativamente reconquistar as minhas gravações nesse último ano. Com esse objetivo em mente, meu time tentou entrar em negociações com Scooter Braun.

Para isso, o time do Scooter queria que eu assinasse em um contrato que eu só poderia falar coisas positivas sobre ele, antes mesmo de eu poder olhar como estava o financeiro da gravadora – o que é sempre o primeiro passo numa compra dessa magnitude. Então, eu precisava assinar um documento que me calaria para sempre antes mesmo de eu ter a chance de poder comprar o meu trabalho. Meu time de advogados disse que isso não é nada normal e que eles nunca viram uma documentação assim sendo apresentada a não ser que fosse para silenciar uma vítima de assédio após ela ser paga para isso. Eles nunca nem deram um valor de compra para o meu time. Esses gravações originais nunca estiveram a venda para mim.

Twitter/Twitter
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Há algumas semans, meu time recebeu uma carta de uma empresa privada chamada Shamrock Holdings, para nos avisar que eles tinham comprado 100% das minhas músicas, vídeos e arte dos álbuns de Scooter Braun. Essa foi a segunda vez que minha música foi vendida sem o meu conhecimento. Na carta, eles diziam que queriam entrar em contato antes da venda, mas que Scooter Braun tinha proibido eles de entrar em contato comigo ou com meu time. Se eles entrassem, a venda não aconteceria.

Assim que começamos a nos comunicar com a Shamrock, eu descobri nas cláusulas de contrato que Scooter Braun continuaria a lucrar com meu catálogo de músicas antigas por muitos anos. Eu estava aberta e disposta com a possibilidade de me tornar sócia da Shamrock, mas a participação de Scooter foi o que não me permitiu a fazer isso.

Eu comecei recentemente a regravar minhas músicas antigas e isso provou ser muito legal e criativo. Eu tenho várias surpresas guardadas. Eu quero agradecer vocês por me apoiarem durante essa saga e eu mal posso esperar para vocês escutarem o que estou elaborando. Eu amo vocês e seguirei em frente, como dizem”, escreveu.

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Na postagem, Taylor compartilhou a mensagem que enviou para a Shamrock. “Se eu apoiar vocês, como vocês pediram, eu vou estar contribuindo para os futuros pagamentos de Scooter Braun e a Ithaca Holdings [empresa dele]. Eu não posso em sã consciência me envolver em benefício dos interesses dele, direta ou indiretamente. É lamentável saber que eu não vou ter a possibilidade de ajudar a evoluir o futuro desses trabalhos e me dói profundamente permanecer separada da mpusica que eu passei mais de uma década criando. Mas é um sacrifício que vou ter que fazer para manter Scooter longe da minha vida”, explicou Tay na carta.

Twitter/Twitter

A Shamrock emitiu também um comunicado sobre o assunto: “Taylor Swift é uma artista transcendente com um catálogo atemporal. Fizemos esse investimento porque acreditamos no imenso valor e na oportunidade que vem com seu trabalho. Respeitamos e apoiamos totalmente a sua decisão e, embora esperássemos uma parceria formal, também sabíamos que esse era um resultado possível que consideramos. Agradecemos a comunicação aberta e profissionalismo de Taylor conosco nas últimas semanas. Esperamos fazer parceria com ela de novas maneiras no futuro e permanecer comprometidos em investir com artistas em seus trabalhos”.

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