Mckenna Grace quer honrar livros nas telas: ‘Gosto de adaptações fiéis’
Conversamos com Mckenna Grace, Mason Thames e Allison Williams, do elenco de Se Não Fosse Você, filme baseado no bestseller de Colleen Hoover
e Não Fosse Você chega aos cinemas adaptando mais um dos livros de Colleen Hoover. Desta vez, o público vai acompanhar a trajetória de Morgan e Clara, interpretadas por Allison Williams e Mckenna Grace, respectivamente. Na narrativa, mãe e filha vivem momentos conturbados e conversamos com as atrizes sobre o processo de traduzir sentimentos complexos, envolvendo luto e recomeços, nas telas.
“Eu fiz um milhão de anotações do livro”, disse Mckenna em entrevista exclusiva à CAPRICHO. Entre risos, a atriz relembrou o início do desenvolvimento do filme e sua preparação para interpretar uma jovem que está enfrentando uma grande perda familiar. A relação familiar de sua personagem, Clara, é fortemente abalada após um evento traumático desencadear verdades inesperadas para sua mãe, Morgan.
Para Williams e Grace, foi muito fácil construir o elo entre mãe e filha, fator que é essencial para o andamento da história. “Foi muito divertido. Nós nos demos bem desde o início”, destacou Allison. “Uma coisa incrível aconteceu. Quando estávamos fazendo cenas de mãe e filha, tudo se encaixava e era muito natural. Ela [Mckenna] é muito talentosa e conseguia esconder muito da confiança e maturidade que ela tem normalmente, mostrando só esse lado de uma pessoa que ainda precisa muito da mãe.”
Sempre descrevo a Clara como uma adolescente lidando com muita coisa. E eu já passei por isso, de maneiras diferentes.
Mckenna Grace
A trama já contava com uma grande base de fãs, que são leitores de Colleen Hoover, e isso foi um ponto importante na fase de preparação. “Sou uma pessoa que gosta de assistir adaptações fiéis e queria deixar os fãs orgulhosos com os detalhes”, ressaltou Mckenna. Mas ela também reconhece a pressão que acompanha grandes projetos como esses.
O impacto de comentários e críticas que repercutem nas redes sociais é quase inevitável e a atriz tenta enfrentar algumas situações com cuidado. “É sempre divertido, mas eu tento não ler porque, se vejo mensagens positivas, tenho que ver as negativas também. Aprendi isso com a Octavia Spencer e tento ficar afastada”, explicou Grace, que também vai estrelar a adaptação de Amanhecer na Colheita, prequel de Jogos Vorazes.
A estrela acrescentou que tenta dar o seu melhor para o público e que se coloca no lugar de fã, especialmente quando está envolvida na produção de uma adaptação literária. “Eventualmente, eu sinto que já fiz minha pesquisa, espiei algumas coisas e vou para o set com essas informações”, disse. Inclusive, ela está fazendo o mesmo com o livro de Suzanne Collins. “Estou gravando Amanhecer na Colheita agora e leio o livro toda semana. Estou muito animada e acho que os fãs vão ficar felizes.”
Mason Thames, que ficou conhecido por protagonizar o live-action de Como Treinar o Seu Dragão, entra no enredo como Miller, o interesse amoroso de Clara. Apesar do turbilhão de emoções que os atinge, os dois conseguem construir uma relação leve com aquele toque de romance adolescente. “Clara o vê como esse cara misterioso da escola, mas a verdade é que ele já passou por muita coisa. Ele esconde muita coisa. É um personagem que basicamente perdeu os pais quando era criança e foi criado pelo avô, que é a única pessoa que ele tem”, contou o ator.
“Ele teve que amadurecer e lidar com perdas ainda muito novo. Depois do que a Clara passa, acho que ela entende quem é o Miller como pessoa. Ele é um sonhador, ele quer ser cineasta e sinto que os sonhos dos dois estão alinhados”, acrescentou Mason, que ainda destacou que o mundo precisa de mais pessoas como seu personagem.
Foi muito bom ter um rosto familiar, o meu melhor amigo, todos os dias comigo no set.
Mckenna Grace sobre Mason Thames
O elenco do filme fica completo com Dave Franco, Sam Morelos, Scott Eastwood, Willa Fitzgerald e Clancy Brown. Os atores foram dirigidos por Josh Boone, que também assinou outras adaptações literárias como A Culpa É Das Estrelas. Para ele, inclusive, a proximidade com o material base é essencial para a criação de um bom longa. “Sempre respeito profundamente o livro [que inspira o projeto], especialmente quando tantas pessoas amam a história”, afirmou o diretor à CH.
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