Personagem de Convenção das Bruxas é criticada por pessoas com deficiência
A personagem de Anne Hathaway recebeu críticas por mostrar deficiência como algo assustador. Um porta-voz da Warner, estúdio do filme, comentou o assunto
Convenção das Bruxas é um dos filmes mais esperados do ano. Mas, apesar de ser tão aguardado, o longa recentemente foi duramente criticado pelos espectadores e a Warner Bros. precisou, inclusive, emitir um comunicado de desculpas. A razão? É que o público ficou incomodado com uma característica da personagem de Anne Hathaway, a Grande Bruxa. A gente te explica!
Na trama, a vilã não possui alguns dedos das mãos e dos pés. A galera, então, apontou que ela parece ter ectrodactilia, que é quando há ausência de dedos nas mãos ou pés. Até aí, normal, né? Acontece que isso é representado como algo assustador na antagonista e isso, obviamente, foi encarado como problemático.
Amy Marren, que é uma nadadora britânica paraolímpica, questionou se houve uma reflexão na produção do filme sobre como representar essas diferenças de membros poderia vir a a afetar as pessoas que possuem essa deficiência. “Eu tenho consciência de que isso é um filme e que elas são bruxas. Mas bruxas são essencialmente monstros. Meu medo é que crianças vejam esse filme, sem saber de todos os exageros da história, e que essa deficiência comece a ser vista como aterrorizante. Isso atrapalha em começarmos conversas sobre o assunto e é um atraso no sentido do que estamos tentando alcançar, que é celebrar quem somos”, pontuou Marren.
O Twitter oficial dos Jogos Paraolímpicos completou a observação da atleta: “Diferenças nos membros não é algo assustador. Diferenças devem ser celebradas e deficiências precisam ser normalizadas”.
Limb difference is not scary. Differences should be celebrated and disability has to be normalised. #NotAWitch calls out ‘#TheWitches’ movie for portrayal of disability 👉 https://t.co/aSY1U6TymE pic.twitter.com/UCU87bUeV8
— Paralympic Games (@Paralympics) November 3, 2020
A Warner Bros., então, emitiu um comunicado sobre as observações ressaltadas. “Ao adaptar a história original, trabalhamos com designers e artistas para chegar a uma nova interpretação das garras felinas que são descritas no livro [que baseia o filme]. Nunca foi nossa intenção que os espectadores sentissem que as criaturas fantásticas e não humanas deveriam representá-los. Este é um filme sobre o poder da bondade e da amizade. É nossa esperança que famílias e crianças possam desfrutar do filme e abraçar este tema empoderador e cheio de amor“, ressaltaram.
E aí, o que você achou?