Um reflexo do futuro: Por que somos tão entretidos por romances de época

Entre dramas, conflitos e revoluções, romances de época são uma forma de conforto para representar o período em que vivemos e o que precisa ficar para trás

Por Anny Caroline Guerrera 15 jul 2025, 09h01
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estidos volumosos, bailes deslumbrantes e cenários históricos marcam romances de época que já se provaram verdadeiros sucessos em inúmeras ocasiões. Tanto nas páginas quanto nas telas, muitas das produções do gênero trazem sensação de conforto e oferecem escapismo da realidade, apesar de debaterem quebras de padrões na mesma medida em que provocam questionamentos.

A lista de títulos que usa da liberdade criativa para explorar enredos à moda antiga é longa: Orgulho e Preconceito, Mulherzinhas, Dickinson, Bridgerton e até a nossa brasileira Garota do Momento.

Outro exemplo é a série Os Bucaneiros, original da AppleTV+ que, em sua nova temporada, continua apostando justamente na adição de elementos contemporâneos para aproximar o público de narrativas mais plurais ambientadas em 1870, durante a Era Dourada (que também dá nome à produção da HBO).

Em entrevista exclusiva à CAPRICHO, Kristine Frøseth compartilhou detalhes da trajetória de Nan St. George, sua protagonista na adaptação baseada no livro homônimo de Edith Wharton, publicado ainda inacabado em 1937. 

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A atriz de 29 anos interpreta uma jovem norte-americana que se muda para Inglaterra com um grupo de amigas próximas e deseja subverter regras de um mundo guiado por status e reputação. 

É ótimo vê-la defender os valores que acredita. Mesmo se Nan não estivesse na Inglaterra ou na posição de duquesa, ela ainda usaria a própria voz para causar impacto”, ressaltou Frøseth sobre como a personagem aproveita a posição de poder, como duquesa, para combater injustiças.

Abordando temáticas como sexualidade, liberdade e a luta pela conquista de direitos, a amizade das personagens dá vida à produção. Juntas, elas quebram normas sociais e desafiam ideais conservadores da alta sociedade britânica, gerando um maior nível de identificação para o espectador, que admira e cria uma relação de afeto com cada narrativa. E é em meio ao caos que o romance entra na história.

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O clássico triângulo amoroso da vez divide o público entre Guy e Theo. “Os dois relacionamentos são complicados e ela os ama por razões diferentes”, analisou Kristine. O trio vive o tipo de história em que “você não faz ideia se eles vão ficar juntos, ou até mesmo se eles deveriam terminar juntos”, como pontuou Matthew Broome à CH. Apesar de traições e decepções, Guy Remmers ainda acredita que os personagens sempre vão “amar um ao outro”, acrescentando à fórmula de como construir um bom drama.

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