Descobri minha paixão pelo jornalismo com a CAPRICHO
Para a redação da CH:
“Quando eu tinha 13 anos, me inscrevi pela primeira vez na Galera CAPRICHO. Fiz isso meio desacreditada, mas contei os anos para atingir a idade mínima de inscrição.
Isso foi “só” há 10 anos, mas eu ainda carregava aquela velha impressão de que talvez esse espaço não fosse para meninas como eu. E isso me intrigava, porque, mesmo assim, eu continuava tentando. Algo, lá no fundo, me fazia acreditar na ideia.
Com uns 14, 15 anos, escrevi essa mensagem e enviei na página do Facebook da CAPRICHO. ALERTA DE DRAMA:
Dou muita risada e tenho um pouco de vergonha dessa história, mas ela me faz lembrar que consegui. O resto vocês já sabem: com 17 anos, batendo na trave da idade máxima para me inscrever, eu me inscrevi e entrei para a Galera CAPRICHO – o grupo super cobiçado de leitoras-colaboradoras. Foi uma das conquistas mais genuínas que carrego comigo. De “galerer”, virei estagiária e assinei texto de capa.
Foi na CAPRICHO que tive a oportunidade de vivenciar coisas que nem imaginava. O mais bonito é que, mesmo com um sonho realizado, nunca perdi aquela Bruna de 13 anos de vista. Ela via na CAPRICHO um guia que a abraçava e acolhia. Isso foi essencial para que eu me sentisse tão animada com cada pauta, porque entendo como é estar do outro lado. Amo ser leitora, mas amei mais ainda escrever.
Aqui eu descobri que minha paixão pelo jornalismo tinha um propósito válido, sim. E as gêmeas são peça essencial nessa história: eu lembro da primeira vez que conversei com Tasha e Tracie. Eu fiquei nervosa e animada ao mesmo tempo. Primeiro, por ser fã, segundo por encarar o desafio de traduzir o que elas significam para a juventude periférica. Esse motivo tornou tudo ainda mais marcante.
As mensagens dos Rouffers, sobre o quão importante foi terem se visto na CAPRICHO, me motivam até hoje. Uma vez, num encontro com as meninas — mesmo sendo a milésima vez que eu ia falar com elas — comentei que tinha muita insegurança e que ainda não ia aparecer no vídeo com elas. Talvez elas nem se lembrem, mas o “salve” que a Tracie me deu ecoa na minha cabeça até hoje. Em uma breve conversa, elas me parabenizaram, incentivaram meu corre e, principalmente, me aconselharam de um jeito muito singular. Acho que isso resume bem o porquê de ser tão importante assinar essa capa.
Essa é pros mema fita.
Beijos, CAPRICHO! Eu amo vocês.
Brubsz.”