Esta exposição exibe o poder da criatividade a partir de um lápis

Por dentro da mostra O Lápis Mais Criativo do Mundo, da Faber-Castell, no Museu da Língua Portuguesa

Por Taya Nicaccio Atualizado em 30 out 2024, 16h14 - Publicado em 13 mar 2022, 10h00

Na última terça-feira (8), aconteceu a abertura da mostra O Lápis Mais Criativo do Mundo, promovida no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, pela Faber-Castell. O evento reuniu nomes como Carlos Ruas, Erick Maia, Hanna Lucatelli, Maddu Magalhães e muito mais!

Um traçado pela imaginação e uma proposta instigante a caminho da criatividade definem uma experiência imersiva na mente de artistas plásticos, designers, ilustradores, estilistas, arquitetos e os mais diversos criadores que utilizam o lápis como instrumento de sua criatividade. A convite da Faber-Castell, a CAPRICHO foi visitar a exposição e, a seguir, te contamos todos os detalhes!

Com um lápis na mão e muita criatividade, a Faber-Castell convidou profissionais para juntos fomentarem a arte e uma corrente criativa a partir de esboços criados com o mesmo lápis e inspirados no conceito de que a criatividade pode se manifestar das mais diferentes formas.

O espaço da mostra reúne 20 obras e conta com 4 salas conectadas. Todas repletas de muita inovação e interatividade, a começar pela entrada com um piso de led branco e esboços, uma obra feita com 30 mil lápis de cores usados por crianças e um espaço inspirador ao som de Aquarela, do cantor brasileiro Toquinho.

A imagem mostra a obra
Obra “Renascimento” de Eduardo Srur feita com 30 mil lápis de cores usados por crianças. Divulgação/Reprodução
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Ah, e essa grande flor de lótus brota sobre um piso de carvão, que, segundo o artista Eduardo Srur, simboliza o ressurgimento da vida depois do incêndio que destruiu o edifício do Museu da Língua Portuguesa em 2015. A título de curiosidade, boa parte dos lápis preservam o nome das crianças como um testemunho do processo de trabalho. E, como diz o artista, quem se dedica, floresce.

O lápis mais criativo do mundo

Tudo começou com um lápis e um esboço. Depois, ele foi para outra casa, traçou mais um esboço e deu sequência em sua corrente.

“Foi um convite incrível fazer parte dessa corrente. Fiquei muito feliz quando surgiu esse projeto! Estamos trabalhando sozinhas faz bastante tempo por conta da pandemia. Então, fazer parte de uma corrente dessa com vários artistas e criativos de diversas áreas foi muito especial”, diz a artista Hanna Lucatelli em entrevista à CAPRICHO.

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“Eu já tenho uma linha de pesquisa que, neste momento, transita muito sobre o olhar da maternidade. Sempre foi um trabalho em cima da mulher, mas, agora, até pelo o meu momento pessoal, muito em volta da maternidade. Então, a partir desse convite e do lápis, eu comecei a testar alguns desenhos e surgiu este que está aqui na mostra”, explica a artista, responsável por desenvolver a obra que você acompanha mais uma etapa do processo criativo da tela a seguir:

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A criatividade em suas mãos

Tudo é arte e pode virar arte. A moda exemplifica muito bem isso, assim como a obra de Maddu Magalhães, que traz uma roupagem de sentimentos, através de materiais descartados e da técnica do upcycling. 

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“Fazendo as pazes com processo é uma obra que representa muito para mim, porque ela tem muito do meu processo de autoconhecimento! Todas as peças são de descarte. É uma boneca achada em caçamba que estava bem destruída e eu quis trazer e moldá-la como espiral – que representa um pouco do que estou vivendo”, conta Maddu Magalhães ao ressignificar as sensações que ela chamava de ruim e descartava dentro de si.

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“Essas sensações me ensinam e, por isso, resolvi usar materiais de descarte e trazer beleza para eles. Todas essas porcas e parafusos eu achei em caçambas e borracharias que fui angariando, passando e pegando peças de descarte e criei como se fosse uma roupa, uma roupagem para elas. Essa é a expressão de todas essas emoções que eu estou entendendo e como a gente deve parar de chamar descartável qualquer coisa que a gente sente e, sim, usar para se entender, para se conhecer e se expressar!”, conta a artista que faz um paralelo com a moda.

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“Eu acho que criei essa espécie de roupa em volta dela falando um pouco de emoções. As roupas que a gente veste também são uma maneira de nos expressarmos, né? Então, eu quis trazer esse paralelo e fazer todo o corpo dela [boneca] com porcas e parafusos. Mas, na verdade, é um processo bem interno que ainda estou entendendo”, finaliza.

Serviço

Se você estiver em São Paulo, pode visitar a mostra O Lápis Mais Criativo do Mundo, promovida no Museu da Língua Portuguesa (Praça da Luz, São Paulo — entrada pelo Portão B), pela Faber-Castell.

A entrada é totalmente gratuita e aberta ao público até 3 de abril com conteúdos multimídia e mais de 20 obras nas áreas de Arte, Moda, Arquitetura, Cultura Pop, entre outros.

E aí, animada para visitar a mostra O Lápis Mais Criativo do Mundo?

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