Lilly Sarti vai do perfeito ao imperfeito com ar filosófico na SPFW
Estilista, que dá nome à marca, se inspirou no minimalismo da filosofia Wabi-Sabi para trazer volume às modelagens das peças.
o completar 18 anos, a marca Lilly Sarti retorna à passarela do São Paulo Fashion Week para edição N58. No segundo dia do evento, nesta terça-feira (15), a marca, que leva o nome da estilista, apresentou a coleção Meticulosa construção: do perfeito ao imperfeito, e trouxe referências da cultura asiática em suas peças.
“Nessa temporada, a coleção está passando por linhas da Ásia e entrando mais profundamente no japonismo em shapes e estruturas”, explica Lilly Sarti em entrevista à Capricho.
O minimalismo dessa cultura vira o ponto de partida na criação das roupas e, principalmente das estampas. Os tecidos da marca, que são sempre desenvolvidos em uma confecção própria e nacional, mostram a história de todo o processo por meio dos jacquards.
Com 51 looks desfilados na passarela, as modelagens das peças se destacam por trazer volume em novas proporções, ao mesmo tempo que foge dos excessos.
A saia balonê, tendência queridinha das últimas semanas de moda, está de volta, mas em um comprimento longo e com um tecido leve. As camisas e os suéters ganham mangas bufantes que são acompanhadas de uma estrutura limpa que se adapta ao corpo.
Se inspirando no design e na arquitetura japonesa, a estilista encontra a filosofia e o estilo Wabi-Sabi que envolve seu processo criativo. “Eu não crio um tema, ele está na minha atmosfera. As coisas vão vindo e tendo uma convergência. É tudo muito amplo e, na hora que você junta e amarra aquilo, vira uma história com consistência”, explica Lilly.
A beleza, assinada por Branca Moura, seguiu a mesma linha de pensamento ao trazer cabelos sem penteados complexos, ou estavam soltos ou pressos em um slick bun.
O minimalismo também foi determinante para a maquiagem representava um visual natural sem cores fortes. Apenas um delineado roxo, em tom de beterrada, que foi feito com pedacinhos de papel e colado nos rostos das modelos complementou os looks.
“É muita perfeição para construir a imagem do imperfeito”, revelou Lilly Sarti.