Meninos Rei celebram tradições e afetos baianos em desfile na SPFW N60
Estilistas Junior e Céu Rocha comemoraram 10 anos de marca com coleção vibrante que homenageia o Recôncavo Baiano
omemorando dez anos de marca na importante edição N60 do São Paulo Fashion Week, a Meninos Rei celebra tradições ancestrais e afetos da região do Recôncavo Baiano em desfile apresentado nesta quinta-feira (16). Fundada pelos irmãos Junior e Céu Rocha, a marca baiana enche a passarela de estampas coloridas que traduzem a riqueza cultural dos territórios que compõem a região.
“Estamos muito felizes. São dez anos de marca, de existência, e trinta de São Paulo Fashion Week, e, aí, passa aquele filme na cabeça. Eu lembro do nosso primeiro desfile, e agora estamos aqui, depois de dez anos. Pra gente, é um orgulho muito grande, já participando pela sexta vez [do SPFW], então é um fortalecimento, e sempre falando da nossa moda, do que a gente acredita, com muito amor, carinho, respeito e com muita verdade”, afirma Junior Rocha em entrevista à CAPRICHO, nos bastidores do evento.
O desfile da coleção ‘Cultura Popular: Umbigo da Bahia‘ começa com Mestra D. Zélia, comandando a trilha sonora ao som do adjá, que preenche a sala com um eco simbólico. Em seguida, a cantora Majur entra, dando início ao bloco ‘Festa e Fartura’, que representa o espírito festivo do interior baiano.
A partir daí, conhecemos as outras três partes da coleção. São elas: ‘No Quintal de D. Nicinha’, que contou com a presença lúdica dos Caretas, ‘Moringas de Maragogipe’, que faz um tributo à cerâmica artesanal, e ‘Balangandãs da Boa Morte’, que carrega um tom espiritual e teve a cantora Luedji Luna desfilando para celebrar Yemanjá.
“A gente se inspira nas manifestações culturais da Bahia. Então, entendemos que é uma coleção muito rica culturalmente. A gente faz uma reverência a todas aquelas mulheres que fazem e mantêm esse legado e que a Meninos Rei tem como missão manter, usando a nossa moda para protestar de uma forma pacífica, bonita e elegante”, explica Céu Rocha.
O estilista também fala sobre a transição das padronagens da Meninos Rei, que ficou bastante conhecida pelo uso do tecido africano. “Está acontecendo, sim, uma transição da Meninos Rei, na qual a gente respeita o tecido africano, que foi a base do nosso trabalho, que nos levou para o mundo e que faz parte também da nossa religião de matriz africana, o candomblé. Mas, hoje, a gente investe mais no autoral. Então, mais uma vez, nos unimos ao ilustrador Léo Barbosa, de Salvador, para que, através de cada estampa, a gente visite e conte a história de um território.”
A beleza, por sua vez, assinada por Katia Celene Araújo, artista da MAC Cosmetics Brasil, ganhou uma pele glow com uma boca em tons terrosos. “A pele vem bem luminosa, radiante, lustrosa, lembrando o suor da baianidade. Nos lábios, escolhi uma cor de batom que me traz uma memória afetiva muito grande, acho que para muitas mulheres pretas, que é essa tonalidade terracota, meia telha, que tem uma coisa de urucum, de azeite de dendê um pouco. E, sobre ele, há uma capa generosa de gloss para trazer ainda mais volume à boca.”
O resultado é um desfile que se manifesta e reverencia a cultura baiana em um timbre alegre de celebração, refletindo o afeto e a identidade baiana que constitui a essência da Meninos Rei.
@capricho Pele glow e boca e terrosa! Katia Celene Araújo, artista nacional da MAC, revela detalhes da beleza que criou para o desfile da marca Meninos Rei na São Paulo Fashion Week N60. ✨ #spfw #desfile #maquiagem
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