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Projeto Sankofa se apresenta no SPFW para racializar a moda brasileira

O coletivo formado por estilistas negros é uma iniciativa do Pretos na Moda e da VAMO, startup de inovação social

Por Sofia Duarte Atualizado em 30 out 2024, 17h26 - Publicado em 28 jun 2021, 15h42
de um lado, o hidratante, o perfume e a máscara facial hello stars, dispostos lado a lado. De outro, as frases: Cada estrela é única, como você. Conheça a nova linha Hello Stars. Todos os elementos estão em um fundo azul escuro com estrelas que brilham
CAPRICHO/Divulgação

A edição N51 do São Paulo Fashion Week aconteceu entre os dias 23 e 27/6 de forma digital e contou com 41 marcas participantes. Além de estreias de etiquetas como Anacê, Carol Bassi e Esfér, uma das novidades mais relevantes foi o acolhimento do Projeto Sankofa, idealizado pela plataforma Pretos na Moda e pela startup de inclusão social VAMO (Vetor Afro-Indígena na Moda), com o apoio do INMOD (Instituto Nacional de Moda e Design).

A iniciativa, que tem o objetivo de racializar a moda brasileira, trouxe oito estilistas negros para o evento, que continuarão apresentando coleções durante as próximas duas temporadas do SPFW. Cada um recebeu o apoio de uma marca madrinha, já veterana na semana de moda, além de uma equipe de advogados, contadores publicitários e psicólogos. Abaixo, conheça as marcas que participaram e garantiram maior representatividade preta a esta edição.

Ateliê Mão de Mãe

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O crochê domina as criações do Ateliê Mão de Mãe, comandado por Vinícius Santana, sua mãe Luciene Santana e o namorado e sócio Patrick Fortuna. A marca baiana valoriza o trabalho manual nas peças carregadas de simbologia e marcou sua estreia com uma coleção chamada Ressignificação, que “te convida a voltar às origens de um povo milenar”. Assista ao fashion film apresentado:

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AZ Marias

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A diretora criativa da AZ Marias, Cintia Felix, celebrou Nzinga da Matamba, rainha do Ndongo e do Matamba, região onde hoje fica a Angola. Nzinga é conhecida como um símbolo de resistência ao colonialismo português por ter lutado contra a escravidão do seu povo. Artistas africanos contemporâneos, como Binelde Hyrcan, Kiluanji kia henda, Nástio Mosquito e Kudzanai Chiurai também foram inspirações para a marca.

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MILE Lab

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A jovem estilista Milena Lima, do bairro do Grajaú, em São Paulo, teve a árvore Baobá, tradicional das culturas africanas, como tema das suas roupas. A MILE Lab se define como “marca ativista em busca do reconhecimento do corpo periférico” e trouxe peças brancas com volume, sobreposições, rendas e babados.

Naya Violeta

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A goiana Naya Violeta, que fundou sua marca em 2007, exibiu a coleção Foguete, referenciando o fogo por meio das cores e dos movimentos. A estilista impacta a história ao ser a primeira etiqueta do centro-oeste a desfilar do São Paulo Fashion Week

Santa Resistência

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Fundada por Mônica Sampaio, Santa Resistência segue o conceito do slow fashion, faz roupas atemporais e se preocupa com uma produção justa e sincera. Na coleção lançada nesta semana de moda, ela fez uma homenagem à princesa Elizabeth de Toro, de Uganda.

Meninos Rei

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Com a coleção L’oju Esú, que significa Aos Olhos de Exu em iorubá, Céu e Júnior Rocha pretendem “resgatar a autoestima do povo preto” e usam estampas africanas da Guiné-Bissau, cores vibrantes, alfaiataria e patchwork.

Silvério

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Rafael Silvério, criador da marca que leva seu nome, mostrou um estudo sobre a Escuridão no São Paulo Fashion Week N51. O designer explorou tanto a desesperança do futuro, a falta de luz no fim do túnel, quanto o fato de que o escuro aguça sentidos tais como a audição. Interessante, né?

TA Studios

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Para finalizar a lista, temos a estilista Gi Caldas, à frente da TA Studios, uma marca afrofuturista, agênero e de slow fashion, com a coleção-cápsula Adinkra, que imprime elementos da cultura Iorubá em suas roupas.

E aí, você já conhecia essas marcas? Qual foi o seu desfile preferido?

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