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Floresta da Faber-Castell é atingida por queimada no Triângulo Mineiro

Área, pouco afetada, segundo a empresa, é utilizada para a produção dos ecolápis.

Por Mavi Faria Atualizado em 29 out 2024, 15h21 - Publicado em 12 set 2024, 13h53
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o último sábado (7), um incêndio na Prata, região do Triângulo Mineiro em Minas Gerais, afetou a floresta da empresa Faber-Castell, de onde eram retirados subsídios para a fabricação do ecolápis da marca. A queimada teria começado em um terreno vizinho e se alastrado rapidamente.

Ao todo, a floresta de pinheiros do caribe da Faber-Castell tem cerca de 6,5 mil hectares e, segundo levantamento do UOL, 4,55 milhões de árvores no local. Em nota à imprensa, a empresa não divulgou quanto de sua área florestal foi atingida, mas garante que foi um pequeno pedaço da floresta.

“A Faber-Castell reforça que a área afetada pelo incêndio corresponde a uma pequena parte da floresta e não deve ter impacto na produção dos ecolápis e, portanto, os parceiros e os consumidores seguirão sendo atendidos normalmente. E a área impactada será devidamente reflorestada”, afirma a empresa.

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A floresta possui um sistema de monitoramento que foi acionado imediatamente após o início das chamas, mas, mesmo assim, a queimada se alastrou com rapidez. Para conseguir interromper o fogo dentro da área florestal da Faber-Castell, a própria Brigada de Incêndio da empresa foi acionada, combatendo as chamas ainda no sábado (07), quando iniciou a queimada. No restante da região da Prata, o Corpo de Bombeiros precisou utilizar helicópteros com água para controlar as chamas, e somente na terça-feira (10), o fogo na região foi efetivamente apagado.

A região da Prata não é a única afetada pelo fogo, e, nos últimos dias, cidades ao redor do Brasil apresentaram índices de má qualidade do ar assustadores. Essa situação é uma combinação da seca intensa, queimadas e de incêndios criminosos e intencionais. A nuvem de poeira que vêm cobrindo as cidades é o resultado da degradação das matas que levarão um tempo até se reestruturar.

O fogo leva embora a serrapilha da floresta, a camada superficial do solo que acumula diversos materiais orgânicos, que protegem e fertilizam o solo. Sem essa camada, que leva anos para acumular, o solo fica exposto e suscetível a ser arrastado, com seus microrganismos e minerais, com as chuvas. Com o tempo, o solo desprotegido pode sofrer erosão e até desertificação, processo em que a vegetação desaparece e o solo se torna árido.

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