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‘Não estou pronta para falar’, diz Ana Hickmann sobre violência doméstica

Modelo e apresentadora registrou boletim de ocorrência contra o marido, o empresário Alexandre Corrêa no último fim de semana.

Por Andréa Martinelli Atualizado em 29 out 2024, 18h08 - Publicado em 13 nov 2023, 12h28

A apresentadora Ana Hickmann, no final da manhã desta segunda-feira (13), afirmou que “ainda não está pronta para falar” e agradeceu o carinho dos fãs, família e amigos próximos sobre denúncia de violência doméstica registrada contra seu marido, o empresário Alexandre Corrêa no último fim de semana. Declaração foi dada no programa Hoje em Dia, da Record TV, em que ela é apresentadora.

“Eu queria aproveitar agora e agradecer o carinho e o apoio de todo mundo. Está sendo um momento difícil para mim, para o meu filho, para minha família, mas eu ainda não estou pronta pra falar a respeito”, disse.

Apresentadora continuou, afirmando que, quando “estiver pronta, estiver um pouco mais forte, eu prometo trazer tudo aquilo que está aqui, dentro do meu coração. De verdade, como eu sempre fui com todos”. Em seguida agradeceu a todos o apoio recebido.

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Após a mensagem, César Filho disse para apresentadora que “saiba que nós estamos sempre juntos com você. Você vai demonstrar mais uma vez que é cada vez maior do que você imagina. Agradecemos sempre o seu carinho”. No programa, ela apareceu sem tipóia no braço, mas aparentava estar com o olho direito inchado, apesar da maquiagem.

Mas, CAPRICHO, o que aconteceu?

À polícia, Ana Hickmann relatou que estava conversando com o filho, de 10 anos, na cozinha da casa quando Alexandre ouviu, não gostou do conteúdo da conversa e começou uma discussão com a apresentadora. A criança, assustada, teria saído correndo do ambiente.

Dados do boletim de ocorrência que se tornaram públicos, relatam que Alexandre teria empurrado a esposa contra a parede e ameaçado dar cabeçadas nela. Ao tentar pegar seu celular, que estava em uma mesa, Alexandre teria fechado a porta da cozinha, atingindo Ana Hickmann no braço.

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Está sendo um momento difícil para mim, para o meu filho, para minha família, mas eu ainda não estou pronta pra falar a respeito.

Ana Hickmann, top model e apresentadora

Nesse momento, segundo o boletim, a apresentadora trancou o marido para fora do cômodo. Foi quando conseguiu chamar a polícia. Quando a Polícia Militar chegou, Alexandre não estava mais no local. Na delegacia, ao prestar depoimento e registrar o boletim de ocorrência, apesar de ter direito, Hickmann recusou as medidas protetivas previstas na Lei Maria de Penha

@capricho Você sabia que este mês é considerado o #AgostoLilás? Isso porque foi em 6 de agosto de 2006 que a #LeiMariadaPenha foi sancionada e, desde então, é um poderoso mecanismo de #proteção das meninas e #mulheres contra a #violênciadoméstica. Neste vídeo, a gente te explica quem é Maria da Penha – e porque essa lei é tão importante para nós! ✊ #AgoraVoceSabe #aprendinotiktok #feminismo ♬ som original – Capricho

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Em nota, a assessoria da apresentadora, ainda neste domingo, confirmou o caso de violência doméstica.

“Após um desentendimento entre Alexandre Correa e Ana Hickmann no último sábado (11), a Polícia Militar foi acionada e a apresentadora foi conduzida até o Distrito Policial para esclarecimento dos fatos. Por meio de sua assessoria de imprensa, Ana Hickmann agradece o carinho e a solidariedade dos fãs e informa que está em casa, bem e felizmente não sofreu maiores consequências em sua integridade física.”

Alexandre Corrêa negou ter dado cabeçadas na esposa e pediu desculpas à família em suas redes sociais.

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“Tive um desentendimento com a minha esposa, situação absolutamente isolada, que não gerou maiores consequências. Gostaria de esclarecer também que jamais dei uma cabeçada nela, como inveridicamente está sendo vinculado (sic) na imprensa, e que tudo será devidamente esclarecido no momento oportuno.”

“Aproveito a oportunidade para pedir minhas mais sinceras desculpas a toda a minha família pelo ocorrido. São 25 anos de matrimônio, sem que tivesse qualquer ocorrência dessa natureza. Sempre servi a Ana como seu agente, com todo zelo, carinho e respeito, como assim trato as 7 mulheres com quem trabalho no meu escritório”, completou.

O que é violência doméstica?

Silhueta da mão de uma mulher sobre uma porta de vidro, como se ela estivesse pedindo ajuda
Christina Reichl Photography/Getty Images

A Lei Maria da Penha define que violência doméstica e familiar contra a mulher é “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”. 

Quem é vítima de violência doméstica passa muito tempo tentando evitá-la para assegurar sua própria proteção e a de pessoas que estão no convívio como mães, avós e até filhos. As meninas e mulheres não conseguem sair da relação por medo, vergonha ou falta de recursos financeiros. pela esperança de que a violência acabe.

Mas, como denunciar e pedir ajuda, CAPRICHO?

Olha só, importante pontuar que a violência doméstica pode, sim, ser denunciada em qualquer delegacia, mas é importante saber da existência das Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAM); este é o órgão mais capacitado para realizar ações de prevenção, proteção e investigação dos crimes de violência de gênero. E, de novo, a Lei Maria da Penha garante o acesso à justiça, viu?

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Não silencie!

“Foi só um empurrãozinho”, “Ele só estava irritado com alguma coisa do trabalho e descontou em mim”, “Já levei um tapa, mas faz parte do relacionamento”.

Você já disse alguma dessas frases ou já ouviu alguma mulher ou menina próxima a você falar assim? Por medo ou vergonha, muitas mulheres e meninas que sofrem algum tipo de violência, seja física, sexual ou psicológica, continuam caladas.

Desde 2005, a Central de Atendimento à Mulher, o Ligue 180, funciona em todo o Brasil e auxilia mulheres em situação de violência 24 horas por dia, sete dias por semana. O próximo passo é procurar uma Delegacia da Mulher ou Delegacia de Defesa da Mulher e profissionais adequados para entrar com medida protetiva e representação na Justiça.

A ONG Mapa do Acolhimento é especializada no atendimento à meninas e mulheres vítimas de violência e tem psicólogas e advogadas especializadas em todo o Brasil.

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