Você sabe quantos e quais tipos de orgasmo feminino existem?

E pensar que muitas mulheres passam anos sem ter sequer um único orgasmo...

Por Amanda Oliveira Atualizado em 31 out 2024, 02h25 - Publicado em 5 mar 2019, 10h02

Por definição, o orgasmo é classificado como o momento em que o prazer da excitação sexual atinge o máximo de sua intensidade. É chegar ao clímax da sensação prazerosa. O ápice. Mas, quando esse assunto entra em pauta, na maioria das vezes é o orgasmo masculino que é mais lembrado e destacado. Pouco se fala sobre o orgasmo feminino, um tema ainda tão desconhecido por homens e até pelas próprias mulheres. Por exemplo, você já parou para pensar em quantos tipos de orgasmo uma mulher pode ter?

Getty Images/Reprodução

Se você não sabe direito do que exatamente estamos falando, fique tranquila. Nunca é tarde para conhecer seu próprio corpo. Por isso, a CAPRICHO conversou com a Dra. Nelly Kim Kobayashi, ginecologista, sexóloga e parceira da Innuendo, para esclarecer as principais dúvidas sobre os ~misteriosos~ orgasmos femininos.

Para início de conversa, é preciso entender que o orgasmo pode ser classificado de diferentes maneiras. “Uma delas é pela localização do corpo onde é gerado o orgasmo, podendo ser clitoriano, vaginal, anal, através dos mamilos ou até por outras regiões mais incomuns“, explica a Dra. Nelly. De acordo com a médica, os orgasmos também podem ocorrer de forma espontânea, quando não há estímulo físico.

Algumas mulheres também podem ter a experiência do orgasmo ejaculatório, que ocorre quando uma secreção é liberada pelas glândulas de skene (presentes na genitália feminina), também chamado de squirt. “Também podem ser únicos ou múltiplos, quando acontecem vários orgasmos repetidamente, de forma consecutiva”, complementa. No caso do tipo clitoriano, contudo, fica mais difícil ter orgasmos múltiplos porque o clitóris costuma ficar extremamente sensível após o ápice do prazer.

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Giphy/Reprodução

O orgasmo mais comum entre as mulheres é o do tipo único e clitoriano. Ou seja, através da estimulação do clitóris. “Isso acontece pela localização (fácil acesso e estímulo) e também por ser ricamente enervado e vascularizado”, a Dra. Nelly esclarece. Já os mais raros são os múltiplos e espontâneos, quando não existe estímulo. E falando em espontâneos, é possível até mesmo ter um orgasmo fora de uma relação sexual ou masturbação, como praticando exercícios físicos ou durante o sono. É bem raro, mas pode ocorrer. Loucura, né?

Na verdade, o orgasmo pode surgir a partir de outras zonas erógenas do corpo, por isso a ginecologista recomenda: “Cada uma deve se tocar e descobrir suas zonas mais sensíveis”.

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Outro ponto de prazer ainda bastante desconhecido é o Ponto G, batizado em homenagem ao médico Ernest Gräfenberg que descreveu a presença de uma zona erógena na parede anterior da vagina ao longo do trajeto da uretra, lá por volta de 1950. “Não é um órgão específico e nem pode ser identificado ao toque ou através de exame. Em palavras simples, seria uma área na entrada da vagina, próxima a uretra, ricamente enervada, que ao ser estimulada poderia proporcionar orgasmos mais facilmente. Assim como o clitóris“, explica Dra. Nelly.

Mas, afinal, será que qualquer menina pode ter todos os tipos de orgasmo? Na teoria, sim. Na prática, entretanto, a história é outra. “Mulheres sem nenhuma doença poderiam ter qualquer tipo de orgasmo, mas a maioria delas apresenta apenas orgasmos quando se estimula o clitóris. E muitas não chegam a ter um único orgasmo sequer na vida“, conta. A ginecologista explica que a dificuldade de muitas mulheres em conseguir ter um orgasmo pode ser causada por diferentes fatores: “Falta de conhecimento sobre o próprio corpo e sobre o orgasmo, falta de concentração, inibição, medo, educação repressora ou religiosa (aquelas em que o sexo por prazer é visto como algo negativo), uso de medicações ou doenças”.

Segundo a Dra. Nelly, não conseguir ter todos os orgasmos não significa um problema específico, visto que se trata de uma questão individual que pode melhorar com a prática. Há quem tem mais facilidade e quem tem menos. A dica? Buscar conhecer o próprio corpo!

 

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