Guia dos poros: o que são, por que ficam dilatados e como diminuí-los

Já adiantamos que eles são normais, principalmente em quem tem pele oleosa

Por Sofia Duarte Atualizado em 30 out 2024, 16h18 - Publicado em 22 fev 2022, 11h54

Você tem a pele mais oleosa e já percebeu alguns pequenos orifícios no rosto? Estamos falando dos chamados poros faciais, que, embora sejam uma condição natural da nossa pele, muita gente tenta disfarçá-los com produtos específicos. Para você entender de fato por qual motivo os poros podem ser mais aparentes em algumas pessoas do que em outras e quais alternativas seguir para diminuí-los, a CH conversou com a dermatologista Dra. Paula Ferreira.

Ah, e um detalhe importante: a intenção não é tratar os poros como vilões ou inimigos a serem combatidos, ok? Até porque, como você vai entender neste texto, cobri-los o tempo inteiro pode causar inflamações no rosto…

O que são poros?

Componentes naturais da pele, os poros são saídas dos pelos fininhos que existem na pele, conhecidos como velos, onde também desembocam as glândulas sebáceas e sudoríparas da face.

Quais fatores influenciam na dilatação dos poros?

Os poros costumam ficar mais visíveis a olho nu em quem possui tendência a ter pele oleosa e também em peles mais maduras. Além disso, a Dra. Paula Ferreira explica que as pessoas que moram em locais úmidos e quentes podem ter os poros mais aparentes. “Por ser onde desembocam as glândulas sudoríparas, eles se dilatam para facilitar a sudorese. É um processo natural e necessário para refrescar a pele e a temperatura corporal.”

A alimentação contribui para a dilatação dos poros?

Segundo a dermatologista, alimentos ricos em gordura ou em açúcar branco aumentam a inflamação da glândula sebácea e, portanto, aumenta a produção de sebo que deixa a pele mais oleosa e os poros mais dilatados.

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Poros da pele do rosto
Poros da pele do rosto Getty Images/Getty Images

Existem jeitos de disfarçar os poros?

Sim, há algumas alternativas para a redução dos poros, mas não seriam um tratamento, uma vez que não se trata de um problema de saúde da pele. “Pode-se diminuir um pouco a glândula sebácea que produz a oleosidade. E isso é feito, em geral, através de ácidos ou substâncias, como a nicotinamida, que diminuem a produção sebácea e, consequentemente, os poros, porque não tem tanta quantidade de sebo para sair pelos canais”, afirma a especialista.

No caso de quem transpira muito e vive em um lugar onde faz mais calor, é possível usar substâncias que vão absorver o suor e a oleosidade e, dessa forma, deixam a pele mais opaca, resultando em um efeito ótico que disfarça a abertura dos poros. Existem primers e fotoprotetores que prometem exatamente isso, mas cuidado com o uso frequente desses produtos, ok? “Não devemos utilizar esses recursos diariamente, porque manter os poros obstruídos faz com que a pele tenha tendência à acne e outras inflamações“, completa a Dra. Paula Ferreira.

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Qual rotina de skincare fazer para diminuir a sensação de poros aparentes?

Primeiro, a dermatologista recomenda o uso de sabonete líquido para quem tem a pele oleosa de manhã e à noite. Ele vai retirar a gordura natural da pele, que é produzida pelas glândulas sebáceas e sai pelos poros e se deposita na superfície da pele. Como o sabonete também elimina um pouco da hidratação natural da pele, depois de aplicá-lo, você deve vir com um hidratante, que vai acalmar a pele, diminuir a inflamação e, por isso, pode até contribuir para a diminuição da aparência dos poros. Para quem tem a pele oleosa, é interessante escolher um hidratante umectante, pois atraem água e não são oleosos. Em seguida, passe um fotoprotetor, porque a exposição solar também aumenta a produção de sebo.

Esses são os passos básicos diários. À noite, o protetor solar não é necessário, e você pode aplicar também algum tratamento específico indicado pelo seu médico.

Gif da atriz Indya Moore com toalha rosa na cabeça passando creme no rosto em frente a um espelho
Indya Moore GIPHY/Reprodução
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Lembrando que, como já dissemos, os poros são normais e não precisam ser tratados como vilões ou inimigos, viu? E converse sempre com um dermatologista de sua confiança para definir quais são os cuidados mais adequados para a sua pele.

Quem deu as informações: Dra. Paula Ferreira, dermatologista do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da USP e consultora da Libbs Farmacêutica

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