O que é melasma? Saiba como evitar e possíveis tratamentos
Tiramos todas as dúvidas sobre esse distúrbio de pigmentação que ocorre na pele
O que é melasma? Por que ocorre? Tem cura? Como tratar? Essas perguntas costumam surgir quando o assunto é o distúrbio causado pelo depósito exagerado de melanina na pele. Para respondê-las e entender quem está mais sujeito a essa lesão dermatológica, conversamos com a médica dermatologista Juliana Santoro. Vem conferir!
O que é melasma?
“O melasma é o que chamamos de distúrbio de pigmentação“, explica a Dra. Juliana Santoro, especialista em dermatologia estética e responsável técnica da Clínica Santoro de Medicina e Estética avançada. Isso significa que há o surgimento de manchas escuras na pele em formatos irregulares, o que costuma ocorrer no rosto (melasma facial), mas também pode aparecer em outras regiões (melasma extrafacial), como pescoço, braços e colo ou até mãos e ombros. Assim, estamos falando de um transtorno dermatológico de caráter estético, ou seja, não há outros problemas de saúde envolvidos nele.
Existem três tipos de melasma. O epidérmico acontece quando o depósito aumentado de melanina fica na epiderme, camada superficial da pele; no dérmico, o pigmento concentra-se na camada intermediária, chamada derme; e, por fim, o misto, que se dá quando o excesso de pigmento atinge ambas, a derme e a epiderme.
Quais são as causas?
Os fatores chamados de agravantes ou predisponentes principais são a exposição a radiação ultravioleta, predisposição genética, alterações hormonais durante a gravidez, estresse, contraceptivos orais e calor.
Essa hiperpigmentação é mais frequente em mulheres que vivem a fase reprodutiva, entre 20 e 50 anos, e rara na adolescência. Possuir um fototipo mais escuro também é considerado um fator de risco, uma vez que essas pessoas possuem mais melanócitos ativos, células responsáveis pela produção de melanina.
Quais são os tratamentos possíveis para melasma?
A médica conta que os tratamentos são diversos e compostos por despigmentantes tópicos (como ácido tranexâmico, ácido azelaico, hidroquinona, thiamidol, niacinamida). Há a opção de despigmentantes orais para pacientes específicos, além de uma boa proteção solar, preferencialmente de um protetor com cor.
“Vale a pena lembrar que, para a paciente que tem melasma, é ideal que ela aplique o protetor solar com cor até que não se veja ou pouco se veja a mancha, e isso ainda pode ser associado a antioxidantes orais, que auxiliam na fotoproteção, além de cuidar da qualidade da pele. É fundamental ter em mente que o melasma deve ser acompanhado por um médico, pois diversas abordagens estéticas podem piorar o quadro”, aconselha a Dra. Juliana Santoro.
Melasma tem cura?
Infelizmente, melasma não tem cura, pois trata-se de uma condição crônica; apenas é possível fazer seu controle. “O que acontece muito na minha prática clínica é que eu trato as pacientes o ano todo, deixamos a pele o mais homogênea possível para, no fim do ano, elas poderem aproveitar a praia e o sol. E, então, voltando de férias, iniciamos os trabalhos novamente”, afirma a dermatologista.