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Após caso racista, Starbucks fecha lojas pra treinamento de funcionários

Dois homens negros foram presos em uma unidade da rede, na Filadélfia, sem terem feito nada de errado

Por Thais Varela Atualizado em 28 abr 2018, 11h15 - Publicado em 18 abr 2018, 13h33

Infelizmente, ainda temos que ler notícias sobre racismo em  2018. Dessa vez, a rede Starbucks foi a responsável pelo episódio racista em uma de suas lojas, na Filadélfia, onde dois homens negros foram presos após pedirem para usar o banheiro enquanto esperavam por um amigo.

Depois de terem o pedido de utilizar o lavatório negado com a justificativa de que ainda não haviam consumido nada, o gerente solicitou que os dois homens deixassem a loja e chamou a polícia após a recusa deles. Sem oferecerem resistência, os amigos foram algemados e levados em custódia, onde ficaram por 8 horas. Indignados, clientes da unidade gravaram toda a cena e questionaram os funcionários da cafeteria e os policiais sobre o motivo da prisão.

Uma das clientes que estava no local e compartilhou um vídeo do ocorrido em seu Twitter escreveu na legenda do post: “A polícia foi chamada porque esses homens não consumiram nada. Eles estavam esperando por um amigo, que apareceu enquanto eles estavam sendo algemados por não terem feito nada. Todas as outras pessoas brancas estão se questionando por que isso nunca aconteceu conosco quando fazemos a mesma coisa”.

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Vários vídeos da cena foram divulgados na internet e logo vários frequentadores do Starbucks criaram uma campanha de boicote à marca e exigiram um posicionamento da empresa.

Como resposta a este triste episódio, a Starbucks decidiu fechar 8 mil lojas dos Estados Unidos durante a tarde do dia 29 de maio, uma terça-feira, para promover um treinamento sobre preconceito. Além disso, o CEO da empresa, Kevin Johnson, pediu desculpas e disse que essa situação vai contra o que a empresa acredita e afirmou que o gerente que chamou a polícia não trabalha mais para a rede de cafeterias.

Ao todo, 175 mil funcionários da Starbucks norte-americana vão receber o treinamento e, a partir de agora, os novos funcionários também.

No ano passado, uma situação de preconceito racial também aconteceu em uma unidade da Starbucks no Brasil. No episódio, uma menina negra que estava em uma loja da rede, em São Paulo, junto com seus pais adotivos, um casal branco, foi solicitada a se retirar da loja “pois eles não aceitavam pedintes no local”.

Racismo é crime e não devemos admitir nenhum tipo de situação discriminatória. Ainda temos um longo caminho a percorrer para que situações como essas não aconteçam mais, por isso, se informar e ter empatia com o próximo são atitudes cada vez mais necessárias.

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