Barbie lança primeira Barbie com diabetes tipo 1 e gera debate
Lançamento busca promover a inclusão e a representativa, mas alguns usuários relataram que a boneca está romantizando a doença

os últimos anos, a boneca Barbie vem se tornando cada vez mais símbolo de representação e inspiração, com linhas inclusivas como a da Barbie Fashionistas com bonecas com corpos, cores de pele e tamanho diversos, além de modelos com deficiências como auditiva e locomotora. Na edição deste ano, a Mattel lançou a primeira boneca Barbie com diabetes tipo 1, doença crônica autoimune em que o corpo não produz insulina.
A doença pode ser percebida pelos acessórios que compõe a boneca, como o Monitor Contínuo de Glicose para monitorar o nível de açúcar no sangue e uma bomba de insulina em sua cintura, além da escolha de estampa da roupa da boneca, em referência à estampa de bolinhas nas cores da campanha global de conscientização da doença.
O intuito da empresa, como afirmam na publicação oficial do Instagram da Barbie, é “mostrar às crianças que uma vida com essa condição é igualmente vibrante, gratificante e rica em possibilidades” — e sabemos quanto a representação, em especial em bonecas como a Barbie, faz toda a diferença na forma com que uma criança lida com suas próprias deficiências ou doenças.
Contudo, nem todo mundo parece ter gostado da iniciativa e alguns até questionam o caráter representativo da boneca. Nos comentários de uma publicação da BBC Brasil, por exemplo, diversos usuários pontuaram que a Barbie com diabetes é uma tentativa de romantizar a doença e que a Mattel estaria abusando da condição física para fins lucrativos.
Um dos comentário, inclusive, ironizou a fama da Barbie de ter mil e uma profissões, afirmando: “A Barbie tinha várias profissões e agora tá adoecendo 😂”. Outra pessoa questionou, também de forma irônica, se doenças mentais como depressão e ansiedade seriam incluídas nessa linha, escrevendo: “Tem a Barbie depressão com combo de ansiedade também?😍”.

Mas será que, nesse caso, estamos mesmo falando de romantização de uma doença?
Romantizar, para o Dicionário de Cambridge, é tornar algo mais atraente, interessante e até romântico, escondendo seus aspectos negativos, banalizando suas dificuldades e minimizando suas problemáticas. Já uma representação é criar uma imagem semelhante de algo que existe.
No caso não só da Barbie com diabetes tipo 1, mas também da com cadeira de rodas, com aparelhos auditivos e qualquer outra deficiência ou doença, a representação de uma condição da vida real em uma boneca mundialmente conhecida e divulgada pode ajudar crianças nessas situações a se sentirem normais e sem vergonha de ser quem é. Essa afirmativa é defendida por boa parte dos comentários no post oficial da Barbie no Instagram, como de um perfil que comemora o lançamento da boneca relatando: “Tenho 47 anos, fui diagnosticada com diabetes tipo 1 aos 8 anos. Esperei por essa Barbie minha vida inteira 🥰”.
Em outro comentário, uma pessoa desabafa: “Isso significa tudo para mim. Eu gostaria de ter tido essa boneca na infância 🥹 Tenho 22 anos, fui diagnosticada com diabetes tipo 1 aos 9. Eu me sentia tão sozinha e mal compreendida. Isso é lindo. Obrigada por fazerem a diferença na vida de crianças e adultos com diabetes tipo 1. É uma condição exaustiva e ver essa representação representa o mundo para nós 🩷💙”.
a Suzelly de 12 anos (quando descobri a diabetes) teria amado a Barbie com o adesivo *medidor de glicose, mas a Suzelly de 27 tbm amou e vai comprar 🩷 https://t.co/UXqe6QKgGY pic.twitter.com/kyhIcspNp2
— su | 📖 (@suzeilish) July 9, 2025
HEY BARBIE 💙 Barbie can do anything and now she can do it with type 1 diabetes. pic.twitter.com/9Y6tFxDXdi
— Yasmin Hopkins (@YNHPT1D) July 9, 2025
Isso se chama representatividade … uma criança que tem diabete tipo 1 vê com naturalidade e se sente representada ( como ela ), isso serve para bonecas negras, com cadeira de rodas etc.
— She (@Shepachecoo) July 9, 2025
isso é massa, muitas crianças tem diabetes e deve ser difícil viver com isso sendo criança e fazendo dieta
fofinho
— escorpiana (@umabembruxona) July 9, 2025
Muito maneiro. Eu improvisei um libre (sensor) no boneco do Minecraft do meu filho tmb. Pena que descolou mas vou botar de novo. Representatividade conta demais.
— Bruno Maio 🇧🇷🇨🇺🇵🇹🏈🍺 (@brunomaio4) July 9, 2025
E você, o que achou do lançamento da Barbie com diabetes tipo 1?
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