É possível desaprender o jeito que você vive (e enxerga) o amor
Quando a gente entende o que está por trás das nossas atitudes – tipo medos, traumas ou expectativas – fica muito mais fácil mudar.

ocê vive caindo nos mesmos perrengues amorosos? Parece que toda vez acaba do mesmo jeito? Talvez o problema não seja só a outra pessoa, mas o jeitinho que você aprendeu a ver e viver os relacionamentos.
Quando a gente entende o que está por trás das nossas atitudes – tipo medos, traumas ou expectativas – fica muito mais fácil mudar. Às vezes, a gente se sabota sem nem perceber. Mas descobrir isso já é um baita primeiro passo para virar o jogo.
Neste artigo, a terapeuta energética Ceci Akamatsu explica direitinho como identificar os padrões que atrasam nossa vida amorosa.
Por que parece que comigo nunca “dá certo”?
Se você já se pegou pensando nisso, saiba que não está sozinha. Muita gente passa por isso, e a resposta pode estar no jeito como a gente aprendeu a enxergar o mundo.
Desde a infância, vamos criando “filtros” baseados nas coisas que vivemos e ouvimos. E esses filtros afetam direto nossos pensamentos, emoções e atitudes, inclusive no amor.
Se você sente que vive repetindo os mesmos medos, inseguranças, crises de ansiedade ou situações tóxicas, pode ser que esteja presa a padrões que fazem seus relacionamentos irem por água abaixo.
Quer ver um exemplo?
Imagina uma pessoa que cresceu num lar onde todo mundo só se preocupava em pagar as contas e sobreviver. Emoção? Carinho? Nem tinha espaço pra isso. A mensagem era: “sentir” não é prioridade.
Aí o tempo passa, ela cresce, consegue uma vida tranquila, se casa com alguém legal, tem filhos amorosos… mas continua agindo como se tivesse que ser forte o tempo todo. Não se permite demonstrar sentimentos, vive focada no dinheiro e no medo de faltar.
O resultado? Mesmo com tudo indo bem, ela segue presa num modo de vida que não faz mais sentido. E isso acaba pesando nos relacionamentos.
Ou seja: às vezes, o que atrapalha o presente são histórias do passado que a gente nem percebe que ainda carrega.
Nem tudo que parece bom é saudável
Sabia que até coisas “positivas” podem atrapalhar seus relacionamentos? Nem sempre os problemas vêm de traumas ou experiências ruins. Às vezes, o que pesa é uma ideia que parece linda, mas que, na prática, não funciona tão bem assim.
Pensa numa pessoa que cresceu com pais superamorosos, mas também superprotetores. Para ela, esse tipo de cuidado virou o “normal”. Então, nos relacionamentos, ela espera esse mesmo nível de atenção – e tenta oferecer o mesmo também.
O problema? Isso pode virar ansiedade, controle e insegurança. A pessoa se doa demais, tenta agradar o tempo todo, e acaba se sentindo exausta. Do outro lado, quem recebe pode até curtir no começo, mas depois pode se sentir sufocado ou aproveitar da situação.
Ou seja: até amor demais, quando vira exagero, pode atrapalhar. Tudo que é bom em excesso também pode virar peso.
Eu Machucado: o lado invisível que bagunça nossos relacionamentos
Muita coisa que a gente vive (e sente) nos relacionamentos tem a ver com feridas que nem sempre a gente sabe que carrega. Essas dores vêm de padrões que aprendemos com a família, de histórias que ouvimos, ou até de situações difíceis que deixaram marcas – mesmo que a gente ache que já superou.
É como se existisse uma parte dentro da gente que ficou machucada, sabe? Um Eu Machucado que guarda essas lembranças distorcidas e, sem perceber, influencia como a gente se relaciona. Ele interfere no jeito que a gente pensa, sente e age, seja no corpo, na mente, no coração e até na energia.
Como você enxerga o mundo pode mudar tudo
As lentes de realidade são tipo filtros que a gente usa para ver a vida. E elas afetam T-U-D-O, inclusive os relacionamentos. Essas lentes moldam nossas escolhas, reações e até o jeito que a gente se conecta com as pessoas.
Quando essas lentes são saudáveis, tudo parece fluir melhor. A pessoa encara os desafios com mais leveza, aprende com os erros e até parece ter “sorte no amor”. Mas não é sorte: é perspectiva.
Agora, quando as lentes estão distorcidas, a história muda. A vida parece mais difícil, os relacionamentos travam, e bate aquela sensação de que tudo dá errado. A pessoa vê tudo com medo, insegurança e desconfiança e ainda acha que está só “sendo realista”.
Mas olha só: dá para mudar esse jeito de enxergar. Mesmo que você esteja acostumada a ver tudo pelo lado negativo, sempre dá para trocar de lente e construir uma nova forma de viver (e amar). A escolha é sua.
Por que é tão difícil mudar o jeito que a gente vê (e vive) os relacionamentos?
Perceber que você enxerga a vida por lentes distorcidas já é um baita passo. Mas, para mudar de verdade, precisa ir além da teoria. Isso porque o cérebro joga no modo automático e sempre puxa para o que é familiar. Mesmo que esse “familiar” seja uma furada.
Pode parecer loucura, mas a gente tende a repetir padrões só porque eles são conhecidos. Tipo: “melhor lidar com isso que eu já sei do que arriscar o novo”. É por isso que tem gente que se envolve sempre com o mesmo tipo de pessoa ou que dá um jeito de se sabotar justo quando as coisas começam a dar certo.
O medo de ser feliz ou de viver algo bom pode ter a ver com o medo de perder depois, ou de encarar o desconhecido. Mas olha só: dá para reprogramar isso.
Para parar de achar que todo relacionamento vai dar errado, é preciso mostrar para o seu corpo e sua mente que está tudo bem viver algo leve, saudável e diferente. É seguro ser feliz.
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