Estado de calamidade: UERJ suspende aulas por tempo indeterminado
De acordo com a reitoria da universidade carioca, não houve qualquer tipo de progresso na negociação com Pezão, governador do Rio de Janeiro.
Em abril de 2016, a CAPRICHO publicou uma matéria sobre alguns alunos da Escola Técnica Estadual de Teatro Martins Penna, do Rio de Janeiro, que se juntaram para protestar contra o governo de Luiz Fernando Pezão. A crise carioca já dura alguns anos e parece estar longe de acabar. Na última segunda-feira, 30, a Reitoria da Universidade do Estado do Rio de Janeiro divulgou uma nota paralisando por tempo indeterminado o ano letivo de 2017. O primeiro semestre (sim, você não leu errado) começaria só agora.
De acordo com os representantes da instituição, a situação financeira da UERJ chegou a um nível insustentável. “O atraso salarial, cada vez maior, gera endividamento crescente, insegurança, angústia e situações de estresse incontroláveis”, afirma publicação. Os reitores ainda completam dizendo que uma das principais universidades do estado está em situação de calamidade: “As condições de manutenção da universidade degradam-se cada vez mais com o não pagamento das empresas terceirizadas, contratadas por meio de licitação pública: limpeza, vigilância e coleta de lixo estão restritas, além de o Restaurante Universitário permanecer fechado”.
No dia 28 de junho, Alberto Nogueira Júnior, juiz da 10ª Vara Federal do Rio de Janeiro, intimou Pezão: o governador precisaria cumprir a liminar e pagar todos os salários atrasados em até 48 horas. Isso não aconteceu. “Atingimos um patamar insuportável que impede a universidade de bem exercer suas funções de ensino, pesquisa e extensão. Também o nosso Hospital Universitário Pedro Ernesto padece do mesmo problema e funciona com limitações quase impeditivas, diminuindo amplamente o atendimento à população”, afirma a Reitoria.
Até segunda ordem, a universidade, que faz história há 56 anos, continua fechada: “Não houve qualquer progresso das negociações com o governo do estado do Rio de Janeiro”.
Educação… A gente não vê por aqui.