Games violentos não deixam jogadores agressivos, garante estudo

Diversas pesquisas realizadas por universidades conceituadas garantem que uma coisa não tem nada a ver com outra.

Por Isabella Otto Atualizado em 31 out 2024, 02h22 - Publicado em 15 mar 2019, 11h00

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Não é de hoje que algumas pessoas dizem que jogos violentos deixam as pessoas agressivas. Há, inclusive, quem diga que casos de psicopatia podem ser acentuados caso a pessoa jogue algum game com cenas explícitas de violência. Ao longo dos anos, pesquisas foram desenvolvidas para ver se essa teoria realmente fazia sentido. A mais recente, realizada pela Universidade de York, na Inglaterra, garante que uma coisa não tem nada a ver com outra.

Reprodução/Reprodução

Foram analisadas 3 mil pessoas, que jogaram diferentes tipos de jogos. Uns eram mais agressivos, outros menos. A conclusão foi que não existe nenhum tipo de relação entre os jogos violentos e a personalidade mais agressiva de pessoas. “Não há qualquer ligação comprovada entre a violência e o realismo nesse tipo de jogo e os efeitos que supostamente poderiam ter em seus jogadores”, afirmam pesquisadores.

Anteriormente, outro estudo já havia sido realizado na Inglaterra, na Universidade de Oxford. Menos pessoas foram analisadas, mas o intuito era o mesmo: ver se jogadores poderiam desenvolver personalidades ameaçadoras caso entrassem em contato com jogos violentos, que simulassem guerras, brigas entre gangues, mostrassem revólveres e outros tipos de arma. A resposta final foi unânime: não. “Os resultados mostram que jogar videogame parece ser apenas outro estilo de brincar que as crianças escolheram ao se desenvolverem na era digital”, afirmou Allison Mishkin, estudante de tecnologia que trabalhou ao lado do Dr. Andy Przybylski na pesquisa científica. Além disso, ao observar as análises, os pesquisadores descobriram que os games podem, na verdade, deixar as pessoas mais focados nas tarefas do dia a dia, inclusive nas escolares, e menos propensas a se envolver em brigas.

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Um estudo do Science Direct, intitulado Entertainment Computing e conduzido por David Zendle, Daniel Kudenko e Paul Cairns, também garante que jogos violentos não são perigosos e podem ser, inclusive, ótimas formas de aliviar a tensão. Diferente dos outros estudos, que foram feitos com adolescentes e pessoas mais velhas, esse mais recente, datado de janeiro de 2018, analisou cerca de 300 crianças. O intuito era perceber se os videogames influenciavam negativamente caso o jogador ainda estivesse desenvolvendo sua personalidade. A resposta também foi negativa. Os cientistas não encontraram nenhuma ligação e ainda perceberam que jogar deixava os jovens de bom humor, por mais que eles ficassem nervosos entre uma missão e outra.

É claro que todas as pesquisas analisam um grupo seleto de pessoas, uma parte de um todo. Ou seja, não dá para generalizar e dizer que os jogos mais violentos não vão nunca despertador algo de ruim em algum ser humano. Pode acontecer, se ele já for propenso a ter comportamentos duvidosos. Agora, pode acontecer de um menino de 11 anos jogar um game proibido para menores de 18 e nada acontecer. Muito pelo contrário! Ele pode ficar mais focado e até descobrir uma futura profissão. O que não dá mais é culpar os jogos, sejam eles de PC, videogame ou celular, por comportamentos inaceitáveis e até mesmo criminosos.

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