Conheça as diferentes causas e tipos de vaginismo

A sexóloga Roberta Struzani explica o que é vaginismo, como identificar se você tem a condição e como tratar

Por Personare Atualizado em 29 out 2024, 15h25 - Publicado em 25 ago 2024, 17h00
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e você sente dor durante o sexo, não consegue ter penetração ou mesmo quer evitar esses problemas, recomendamos que você leia este artigo com atenção. Você deve aprender que existe um transtorno chamado de vaginismo que pode atrapalhar a vida de muitas pessoas.

Convidamos a sexóloga Roberta Struzani para contar o que é vaginismo, como identificar se você tem a condição, quais as causas e como tratar.

Mas, antes, é importante lembrar que se você sentir ou notar qualquer sintoma estranho, ou mesmo tiver dúvidas, é importante consultar sua ginecologista para entender o que está acontecendo ou o que você deve fazer.

O que é vaginismo?

Vaginismo é uma disfunção sexual feminina onde os músculos vaginais se contraem involuntariamente, dificultando ou impossibilitando a penetração. Mesmo que você não queira, sua vagina se fecha, causando dor e desconforto.

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Essa contração geralmente ocorre como uma resposta de proteção do corpo, que interpreta o sexo como algo nocivo devido a influências familiares, culturais, religiosas, ou por conta de abusos e traumas.

Além disso, medo ou ansiedade intensa de sentir dor na penetração também podem originar o Vaginismo. Por isso a importância de se informar bem sobre o tema, para não ter nenhum tipo de receio na hora H.

Muitas mulheres sentem vergonha de falar sobre vaginismo, mesmo com amigas próximas. Mas isso só dificulta o diagnóstico e o tratamento, prejudicando este que deve ser um momento prazeroso da nossa vida.

Como identificar o vaginismo?

O Vaginismo pode se manifestar de várias formas. Algumas meninas sentem dor ou ardor ao tentar introduzir algo na vagina. Outras não conseguem ter penetração de jeito nenhum, seja com pênis, dedos ou brinquedos sexuais. Até mesmo absorventes internos e coletores menstruais podem ser impossíveis de usar.

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Além da vagina, a dor pode ocorrer na vulva, pelve ou abdômen. E tudo isso pode ocorrer antes, durante ou após a relação sexual.

Então, se você tiver algum desses sintomas, procure um especialista!

Causas e tipos de vaginismo

O vaginismo é uma resposta do corpo para se proteger. Pode ser causado por:

  • Bloqueio físico: problemas como hímen complacente, infecções ou doenças sexualmente transmissíveis.
  • Bloqueio mental: educação religiosa, crenças familiares ou traumas.
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Existem dois tipos principais de vaginismo:

  • Primário: acontece desde a primeira tentativa de penetração, comum em meninas que esperam para ter relações após o casamento.
  • Secundário: surge após situações como abuso, aborto, parto difícil, cirurgias ginecológicas ou mudanças hormonais.

Vaginismo tem cura?

Sim, tem cura! É possível reverter essa situação com o acompanhamento de profissionais especializados em sexualidade. É importante não tentar resolver o problema sozinha ou com ajuda de profissionais não especializados.

O tratamento envolve intervenções psicológicas e físicas, mudanças de hábitos sexuais e de higiene íntima.

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A partir da sua extensa experiência, Roberta Struzani afirma que, por mais estranho que pareça, a maior dificuldade para resolver a dor física no sexo está no tratamento emocional.

“A região pélvica guarda emoções profundas e, por isso, o índice de mulheres que se autossabotam é muito grande. Portanto, é importante enfrentar as feridas guardadas. É necessário um trabalho árduo do profissional e da paciente”, afirma a sexóloga.

Lembre-se, cada caso é único e precisa de um tratamento personalizado. Se você sente que pode estar passando por isso, não hesite em buscar ajuda profissional.

Dicas para lidar com o vaginismo

  • Fale sobre isso: compartilhar suas preocupações com amigas ou um profissional pode aliviar o peso do problema.
  • Faça Ginástica Íntima: com orientação especializada e confiável, os exercícios íntimos de Pompoarismo trabalham a tensão muscular na vagina com exercícios de relaxamento, complementando o tratamento emocional para normalizar a condução nervosa na região.
  • Não se culpe: lembre-se que é uma resposta involuntária do seu corpo.
  • Explore sua sexualidade: a masturbação feminina é uma ótima maneira de conhecer seu corpo, entender seu prazer e se familiarizar com a vida sexual.
  • Evite soluções rápidas: medicamentos, calmantes ou álcool não resolverão o problema e podem até piorar a situação.
  • Busque apoio profissional: procure um terapeuta sexual ou ginecologista especializado.

Se você sente dor na relação sexual, lembre-se: você não está sozinha e há tratamento disponível. Fale com um profissional e cuide da sua saúde sexual.

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