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Motorista de Uber (mais um) é detido por suspeita de estupro em São Paulo

Em 2 anos, quase 50 casos de violência sexual foram registrados no Brasil contra motoristas do App; empresa diz que há vítimas que citam a Uber por engano.

Por Isabella Otto Atualizado em 31 out 2024, 01h34 - Publicado em 19 ago 2019, 11h58

Recentemente, mais um motorista do aplicativo Uber foi detido em São Paulo por suspeita de estupro. O caso, que teria acontecido da Zona Oeste da cidade, foi registrado na 9ª Delegacia da Mulher. De acordo com a vítima, de 32 anos, ela foi estuprada em um posto de gasolina, onde o motorista teria parado para lhe comprar água.

Getty Images/Getty Images

O motorista do App está preso no 2º Distrito Policial, no bairro do Bom Retiro, enquanto as investigações são realizadas. A passageira disse que havia tomado vinho na casa de uma amiga e estava com muita sede, por isso perguntou se o motorista poderia parar em algum lugar para ela comprar água. O cara se ofereceu para ajudar e, na volta da conveniência, a violentou, após ter colocado uma espécie de anestésico na bebida.

As Secretarias de Segurança Pública da Bahia, do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul, de Pernambuco, do Rio de Janeiro e de São Paulo cederam algumas dados do levantamento de denúncias contra motoristas de aplicativos para o The Intercept Brasil. De acordo com eles, num espaço de dois anos, entre 2016 e 2018, 46 casos de estupro foram relatados, além de 3 casos de assédio sexual, 6 de ato obsceno e 18 de importunação ofensiva ao pudor. Vale lembrar que 65% dos estupros não são denunciados. Por isso, as Secretarias de Segurança Pública alertam que o número deve ser maior. A assessoria de imprensa da Uber, contudo, afirma que há vítimas que citam o aplicativo por engano, achando que qualquer App de transporte é “Uber”, justamente por conta da popularidade da marca, “podendo elevar injustamente o número de boletins em que a empresa é citada”. 

 

Em contato com  CAPRICHO, a Uber ressaltou que os profissionais são autônomos, sem vínculo empregatício com a empresa, e esclareceu detalhes sobre o caso em questão: “a Uber lamenta o crime terrível que foi cometido e já está colaborando com as autoridades no curso das investigações. A empresa repudia qualquer tipo de comportamento abusivo contra mulheres e acredita na importância de combater, coibir e denunciar casos de assédio e violência. A conta do motorista parceiro foi banida assim que a denúncia foi feita”. A assessoria também anunciou um compromisso público da Uber para combater a violência contra a mulher no Brasil, com um investimento de R$ 1,55 milhão até 2020 em projetos elaborados ao longo dos últimos 18 meses em parceria com dez entidades que são referência no assunto.

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