Não cometa este mesmo erro de Belly em ‘O Verão que Mudou Minha Vida’
Será que você não está criticando o comportamento da protagonista, mas faz algo semelhante na sua vida?

ó existe uma coisa que pode unir team Conrad e team Jeremiah no fandom de O Verão que Mudou Minha Vida: o ranço da Belly. Triângulos amorosos sempre são complicados mesmo, principalmente se envolvem dois irmãos, mas, na percepção de muitos fãs da série da Amazon Prime, na maioria das vezes, o grande problema é a protagonista vivida por Lola Tung. Segundo eles, a indecisão, imaturidade e a falta de responsabilidade emocional são os maiores defeitos da mocinha.
Não vamos defender neste texto com quem Belly deveria ou não ficar –apesar da maioria da redação da CAPRICHO ter um favorito em comum, confessamos. Nem vamos pontuar todas as situações que ela poderia agir de outra forma (e foram muitas). Mas a questão aqui é que percebemos que o comportamento da personagem, que tanto irrita parte dos fãs, é reproduzido por muitos jovens que estão se descobrindo e vivendo o amor romântico pela primeira vez na vida real.
Terminei de ver O Verão que Mudou Minha Vida, e como a Belly é chata pelo amor de Deus, e fora q ela brincando com o sentimento dos dois irmãos. Até minha mãe achou ela insuportável kkkkk
— ʅoɹɐɔ ʎɥʇɐu 🦊 (@natthy_carool) April 29, 2024
Ninguém nunca ensinou nada sobre responsabilidade emocional pra belly de o verão que mudou a minha vida
— isabela (@isabelaatonta) September 17, 2023
Mas, para entender melhor essas críticas à personagem e trazer a reflexão, vale um breve resumo da história escrita por Jenny Han. Desde garota, Belly nutre uma paixão por Conrad, o filho mais velho da melhor amiga da sua mãe. O sentimento, no entanto, era quase platônico, já que ele nunca demostrou nada além de amizade. Pelo menos, não até o fatídico verão, quando as coisas parecem diferentes entre eles. Só que Jeremiah, o irmão mais novo dele, também assume que tem interesse amoroso em Belly. É aí que a garota entra em um grande dilema que se torna o centro da trama e da vida da jovem.
Enquanto Conrad é seu primeiro amor, e alguém por quem ela tem aquela paixão avassaladora, que dá borboletas no estômago, Jeremiah é aquele que sempre lhe trouxe confiança e afeto. E, sim, esse é um motivo plausível para a garota ficar confusa. Há muitos sentimentos e emoções contraditórias ao mesmo tempo. Vale lembrar que Belly é muito jovem, e como vocês, leitores da CH, bem sabem a juventude traz uma série de dúvidas e impasses – e tudo bem. Só que em alguns momentos é preciso olhar para a situação com mais calma e maturidade.
No primeiro momento, ela acaba escolhendo com Conrad e eles têm uma relação bastante conturbada – nem vamos entrar no mérito de quem foi o mais ou menos culpado, ok? O fato é que Belly saiu muito machucada e precisava de um tempo para processar o que viveu e se recuperar. Mas, ao invés de fazer isso, ela acha uma boa ideia retomar o romance com Jeremiah, meses depois de ter namorado o irmão dele – fato que por si só já é bem complicado.
A lição que fica para todos é que, após viver um relacionamento é muito necessário um período para olhar para dentro, assimilar tudo que aconteceu e se curar das feridas emocionais. Isso é essencial para o autoconhecimento e para futuros relacionamentos também. Se você não assimila o término e não faz um balanço da relação anterior, e até vive o luto, pode acabar repetindo padrões negativos antigos em um novo relacionamento.
Se Belly tivesse dado essa pausa, aproveitado o tempo sozinha para se conhecer, ela entenderia melhor seus sentimentos e entenderia que ficar nesse ciclo entre os dois irmãos não é uma boa. Mas a impressão que passa é que, por insegurança ou até mesmo uma questão de ego, ela precisa alimentar essa disputa e continuar recebendo atenção. Quantas vezes nos mantemos em uma situação mesmo que nos faça mal, por ser algo familiar e confortável de certa forma? Assim como Belly, talvez você precise parar, refletir, olhar a situação de um ângulo mais distante e perceber que há outros caminhos.