OMS aprova uso emergencial da vacina CoronaVac; entenda o que muda

O imunizante é o sexto a receber a aprovação da Organização Mundial da Saúde

Por Gabriela Junqueira Atualizado em 30 out 2024, 17h32 - Publicado em 1 jun 2021, 17h24

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou nesta terça-feira, 1º, o uso emergencial da CoronaVac, vacina produzida pelo laboratório chinês Sinovac. No Brasil, a vacina está sendo fabricada em parceria com o Instituto Butantan e foi o primeiro imunizante usado no país. “Hoje, eu fico feliz em anunciar que a vacina da Sinovac recebeu a autorização para uso emergencial da OMS após a constatação de que ela é segura, eficaz e de qualidade garantida após duas doses”, anunciou Tedros Adhanom Ghebreysus, diretor-geral da entidade. 

Embalagem do imunizante Coronavac
Embalagem do imunizante CoronaVac Alexandre Schneider / Correspondente/Getty Images

A autorização da vacina, sexta a receber esse reconhecimento, abre caminho para que aumente a quantidade de doses da substância para o consórcio Covax Facility, que oferece doses para mais de 100 países. A Covax é uma iniciativa da OMS em parceria com outras entidades com o intuito de garantir a aquisição e distribuição de vacinas para países com baixa renda.

Por usar a tecnologia do vírus inativado, “seus requisitos de armazenamento fáceis a tornam muito gerenciável e particularmente adequada para cenários de poucos recursos”, disse a OMS. A entidade recomenda o uso da vacina em duas doses, aplicados com intervalo de 2 a 4 semanas, e em adultos com 18 anos ou mais.

Recentemente, o Instituto Butatan divulgou resultados positivos da CoronaVac obtidos de um estudo feito em Serrana, cidade no interior de São Paulo que vacinou 95,7% da população. Após a vacinação com o imunizante, houve uma redução de 80% de casos sintomáticos da doença.

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Os desdobramentos da aprovação do imunizante também podem ter impacto na vida dos viajantes quando as fronteiras da União Europeia estiverem abertas para o Brasil, o que ainda não tem previsão para acontecer. Segundo as orientações, os países do grupo não precisam pedir para que turistas que tenham tomado alguma das vacinas da lista de uso emergencial (UEL), que agora a CoronaVac faz parte, fiquem em quarentena.

Entretanto, é preciso lembrar que outros fatores são analisados. O bloco também adotou medidas para estabelecer de quais países viagens não essenciais estão restritas por causa da situação da pandemia e, no momento, o Brasil está entre eles. Assim, viajantes que saem daqui só podem ir para alguns países da UE em casos de viagens essenciais e após fazer a quarentena.

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