SOS Sexo: ‘Percebi que ele tirou a camisinha. O que eu faço?’
Retirar a camisinha não é só uma coisa chata, é uma quebra de consentimento e pode ser até considerada crime

parceiro tirou a camisinha durante a relação sexual, sem pedir o consentimento. Infelizmente, muitas garotas já vivenciaram esta situação e ficaram sem saber o que fazer. A prática, além de ter efeitos psicológicos a longo prazo relacionados à quebra de confiança, ainda expõe a vítima à ISTs e à possibilidade de uma gravidez indesejada. No SOS Sexo de hoje, te ajudamos a entender como reagir e como proceder em caso de ser exposta à relação sexual desprotegida.
A sexóloga e educadora sexual Mari Williams diz que é normal bater uma sensação de insegurança e até um bloqueio ao perceber que a outra pessoa tirou a camisinha, sem ao menos avisar. É uma situação de vulnerabilidade e que constrange. “Mas vale deixar claro que trata-se de uma violação ao nosso consentimento e ao nosso corpo, e por isso é muito importante pontuar a gravidade para a outra pessoa”, diz a sexóloga. “Você deve falar: ‘isso não está dentro do combinado, isso está ultrapassando um limite meu e a gente não vai seguir assim'”, exemplifica.
Por nem sempre ser fácil se posicionar na hora, Mari defende que é importante que as pessoas se eduquem para que quando isso aconteça, fique mais fácil de pontuar e se defender. Afinal, retirar a camisinha não é só uma coisa chata, é uma quebra de consentimento e pode ser até considerada crime.
O que é Stealthing?
“Stealthing” é o nome dado ao ato de retirar o preservativo sem o consentimento do(a) parceiro(a) durante a transa. Sua tradução literal para o português é “furtivo”, que significa furtar ou fazer algo às escondidas. A prática pode caracterizar o crime de violação sexual mediante fraude, descrito no artigo 215 do Código Penal.
Como explica o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, “cabe ressaltar que mesmo que a o início da relação tenha sido consentido, a partir do momento em que há a falta de consentimento a conduta pode ser caracterizada como crime de estupro”.
Confira o vídeo completo com a explicação da educadora sexual Mari Williams:
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