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Universitários promovem festas para ver quem “pega” coronavírus primeiro

Um bolão é feito antes de cada festa para apostar quem será o primeiro diagnosticado com COVID-19, que leva a grana da disputa para casa

Por Isabella Otto Atualizado em 30 out 2024, 23h54 - Publicado em 2 jul 2020, 13h40

Se você acha que ser universitário é sinônimo de ser inteligente, esta matéria chega para te fazer repensar. Nos Estados Unidos, mais precisamente em Tuscaloosa, no Alabama, estudantes foram denunciados por promoverem festas que ficaram conhecidas como “COVID Parties”. Quem fez a denúncia foi Sonya McKinstry, vereadora da cidade norte-americana, na última quarta-feira, dia (1/7).

Tero Vesalainen/Getty Images

De acordo com reportagem da ABC News, as festas universitárias funcionam da seguinte forma: são convidadas pessoas infectadas e não infectadas, para que o coronavírus intencionalmente seja transmitido, numa espécie de roleta-russa. Antes da balada, apostas são feitas para ver quem será o primeiro diagnosticado com a doença. O “sortudo” leva o dinheiro do bolão para casa. Ou para o hospital.

“Isso não faz sentido! Eles estão se infectando intencionalmente”, lamentou a vereadora. A princípio, ela achou que seria apenas um boato, mas uma investigação confirmou tudo. “Fizemos algumas pesquisas adicionais e não apenas os consultórios médicos ajudaram a confirmar, mas o departamento de saúde do estado também”, disse Randy Smith, chefe do Corpo de Bombeiros de Tuscaloosa, em reunião realizada na última quarta.

Dentre as muitas problemáticas que o caso escancara, está a “síndrome de imortal” dos jovens, que acham que não vão morrer por causa da COVID-19, já que não são do grupo de risco, mas se esquecem completamente de que são potentes vetores de transmissão e podem acabar passando a doença para outras pessoas, inclusive membros da família. As “COVID Parties” retratam também o pensamento mesquinho de jovens brancos das classes média e alta, maioria nessas festas, uma vez que o estado do Alabama é ainda hoje um dos mais racistas e segregacionistas do país, que têm dinheiro para bancar os altíssimos gastos com hospital, caso precisem ser internados. É uma grande bolha de preconceito, egoísmo e burrice.

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