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#WhyIDidntReport: Lili Reinhart conta por que não denunciou assédios

Assim como outras mulheres, atriz aderiu ao movimento online que 'denuncia' casos de assédio não denunciados.

Por Isabella Otto Atualizado em 31 out 2024, 10h12 - Publicado em 25 set 2018, 11h25

Nos últimos dias, um novo movimento online vem ganhando força. #WhyIDidntReport é uma campanha criada por internautas para denunciar justamente os porquês de não terem denunciados os assédios sofridos. A atriz Lili Reinhart aderiu à hashtag e contou sua história: “porque eu não queria perder o meu emprego ou fazer as pessoas pensarem que eu era a rainha do drama”, escreveu no Twitter.

Matt Winkelmeyer/Getty Images

Lili não está sozinha. Várias atrizes já disseram que se calaram ou foram caladas após sofrerem assédios em seus respectivos ambientes de trabalho para não terem suas carreiras prejudicadas. E isso não acontece só em Hollywood ou com famosas! Uma internauta usou a hashtag para dizer que não denunciou o assédio sexual sofrido porque o cara ocupava um cargo importante na empresa em que trabalhava e a intimidou.

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Outra mulher relatou que foi abusada por um menino da escola católica e levou 45 anos para, finalmente, conseguir falar sobre o assédio. “Eu me senti envergonhada e com medo do que os meus colegas de classe pudessem achar de mim”, escreveu.

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Brasileiras também começaram a aderir ao movimento online, inspirado em campanhas como #MeToo, #MeuPrimeiroAssédio e #MeuQueridoProfessor. A maioria dos depoimentos deixa claro que vergonha, medo e culpa são os principais sentimentos que levam as mulheres a não denunciarem. Além disso, muitas não são levadas a sério, inclusive pela Justiça, que fazem pouco caso do crime ou dão a entender que ela está louca ou que é apenas um “desentendimento de marido e mulher”.

https://twitter.com/mia__sebastian/status/1044036120152018944

É importante ressaltar que, se você desconfia que algo aconteceu, é porque realmente algo aconteceu. Por mais que algumas pessoas tentem te fazer acreditar que não, você tem a palavra final. O Brasil é um dos países que mais mata mulheres por crimes de gênero e/ou passionais. No país, o feminicídio mata uma mulher a cada duas horas, de acordo com o Mapa da Violência do Conselho Nacional de Justiça divulgado em 2016.

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E aí, why you didn’t report?

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