5 motivos para entender a importância de David Bowie

Cantor britânico morreu aos 69 anos no domingo (10/1) vítima de um câncer

Por Bruno Dias Fotos: Reprodução Atualizado em 1 nov 2024, 14h00 - Publicado em 11 jan 2016, 16h50

A cultura pop amanheceu mais triste nesta segunda-feira (11/1) com a notícia de que David Bowie morreu aos 69 anos, na noite de domingo (10/1), após passar 18 meses lutando contra um câncer.

Bowie foi um dos artista mais completos e criativos a passar pela Terra, sendo influente na música, moda e sociedade. Com certeza você já ouviu (e até cantou) algumas das músicas dele, mas se ainda não conhecia bem a obra do “camaleão”, a hora é agora!

1. Seja quem você quer ser

Na música é quase impossível classificar David Bowie em um estilo, o apelido “camaleão” não foi dado por acaso, já que ao longo de sua carreira ele foi folk, rock, pop, jazz experimental, soul e disco music.

Mais difícil ainda definir qual foi seu melhor trabalho, afinal de contas foram 25 álbuns de estúdio, sendo que o último, Blackstar , foi lançado na última sexta-feira (8/1), dia em que Bowie completou 69 anos.

David Bowie foi andrógino quando ser gay na Inglaterra era considerado crime, dando o maior exemplo de que você pode ser quem você é, independente do gênero.

Continua após a publicidade

Um de seus personagens mais icônicos foi Ziggy Stardust: um ser de outro planeta de sexualidade ambígua, com roupas futuristas e que deu nome ao álbum The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders From Mars (1972), considerado um dos 50 maiores discos da história pela Rolling Stone. O álbum seguinte, Aladdin Sane (1973), manteve a androginia e trouxe uma das imagens mais copiadas da cultura pop, David Bowie com o clássico raio colorido pintado no rosto.

2. Uma fábrica de clássicos


Se formos pensar em músicas, aí fica ainda mais complicado definir quais foram as melhores, já que cada fase de David Bowie conversava com um tipo de público.

Continua após a publicidade

Mas se fosse pra montar uma playlist, pensando assim, de cabeça, não poderiam faltar Space Oddity (1969), The Man Who Sold The World (1970), Changes (1971), Ziggy Stardust (1972), Starman (1972), Aladdin Sane (1973), Young Americans (1975), Sound And Vision (1977), Ashes To Ashes (1980), Modern Love (1983) e Let’s Dance (1983).

Quer mais? David Bowie fez parcerias memoráveis na música com nomes como Lou Reed, Iggy Pop, Arcade Fire, John Lennon, Mick Jagger e Queen . Somente com esses três últimos artistas da lista foram clássicos como Fame, Dancing In The Street e Under Pressure , respectivamente.

3. Berlim agradece David Bowie

Continua após a publicidade

Assim que a notícia da morte de David Bowie foi anunciada por sua família, o ministério alemão das Relações Exteriores agradeceu ao músico britânico por ter ajudado a derrubar o Muro de Berlim, por ter composto Heroes (1977), sobre a Guerra Fria: “Adeus, David Bowie. Agora você está entre #Heroes. Obrigado por ter ajudado a fazer o muro cair”.

Heroes, que também é obrigatória em qualquer playlist de Bowie, conta a história de um casal que se encontra próximo ao Muro enquanto “as armas atiravam sobre nossas cabeças / e nós nos beijamos como se nada pudesse cair / e a vergonha estava do outro lado”.

Continua após a publicidade

Vocês devem se lembrar dela graças ao filme As Vantagens de Ser Invisível (2012), naquela cena em que a Sam (Emma Watson) está na caminhonete com Charlie (Logan Lerman) e Patrick (Ezra Miller). Arrepia só de lembrar!

4. Ele também foi ator

Se não bastasse a carreira musical, David Bowie também se arriscou como ator, aparecendo em filmes como O Homem que Caiu na Terra (1976), Christiane F. (1981), Fome de Viver (1983) – em que contracena com Catherine Deneuve -, Labirinto (1986), A Última Tentação de Cristo (1988) e Basquiat (1996) , neste último interpretando um de seus grandes ídolos, o mestre da pop art Andy Warhol.

Continua após a publicidade

5. Influenciando a moda

Para acompanhar cada mudança de estilo musical, Bowie criava todo um novo universo em seus figurinos. Seja na fase andrógina da fase Ziggy Stardust ou nas maquiagens de Alladin Sane, em que usava os cabelos vermelhos acompanhados de um batom da mesma cor. Quem aqui nunca viu alguém usando uma camiseta trazendo apenas o icônico raio vermelho e azul da capa do álbum de 1973?

Já no final da década de 1970, David Bowie entra em uma fase “mais conservadora”, usando muita alfaiataria, blazer, camisa (de preferência branca), que ele adotou em Thin White Duke (1976), permanecendo durante a década de 80.

Até hoje grandes grifes ainda citam Bowie em suas produções, como foi o caso da Dior, na coleção Primavera-verão 2015, que trouxe uma referência ao macacão usado pelo cantor britânico em sua Aladdin Sane Tour , em 1973.

Publicidade