
Arte é a certeza na vida de Debora Ozório: ‘O que quero fazer para sempre’
Versatilidade é uma das principais características da atriz, que está sempre disposta a encarar novos desafios, sem medo de se jogar no desconhecido
O
caminho de Debora Ozório começou no teatro. Detalhes da primeira aula que a atriz fez ainda pequena seguem frescos em sua memória, indo desde a roupa que usou até as dinâmicas que participou. A lembrança é marcante porque foi neste dia que ela sentiu uma energia diferente que a fez se apaixonar imediatamente pela arte. “É aqui que eu quero ficar, não me tira mais daqui”, pediu à mãe, encantada com o universo que tinha acabado de descobrir.
Durante a entrevista de capa para a edição de abril da CAPRICHO, Debora explicou que Petra, de Terra e Paixão, foi uma virada de página em sua carreira por estar envolta por uma carga dramática diferente das que já tinha vivido antes. Muitos espectadores, inclusive, demoram para associar o fato de que Celeste, de Garota do Momento, também é interpretada pela atriz de 28 anos.
Mas não é surpresa que Ozório carrega uma impressionante habilidade de navegar por personalidades completamente opostas em seus projetos, característica que é fruto de um processo intenso de preparação. “Me alimento de muitas fontes. Estudo muito, sou muito dedicada. Nesses estudos, procuro realmente compor uma personagem com outro corpo, outra voz, outras expressões e outra cabeça. Tudo é uma construção, de fato. É onde me divirto muito”, compartilhou.
Sem medo do novo, ela se entrega completamente ao texto que interpreta e quer diversificar cada vez mais a própria atuação, engrandecendo as nuances que constroem sua performance. Já as mudanças visuais que não faria pessoalmente estão longe de ser problema para a atriz, que se doa à arte sem pensar duas vezes. “É o que amo fazer na minha vida. É o que quero fazer para sempre.”
Somos do tamanho dos nossos sonhos.
Debora Ozório
Em Garota do Momento, existem pontos interessantes que envolvem não só a jornada individual da personagem, mas o que isso significa para mulheres em debates sociais. “Mostra o que caminhamos e o que ainda temos para caminhar como sociedade. Acredito que todo o processo da Celeste traz muita maturidade e aprendizado no sentido da gente olhar para as nossas opiniões, para os nossos desejos, com os nossos olhos e não através de um padrão ou de uma educação passada por outra geração”, observou Debora.