Crítica: Cruel Summer é a série adolescente para quem ama um bom mistério
A primeira temporada chegou na Amazon Prime e conta com 10 episódios
Está procurando alguma coisa com uma pegada de suspense que você não vai conseguir parar de assistir? O novo seriado adolescente da Amazon é uma ótima escolha! Assistimos a primeira temporada e vamos te contar o que a gente achou, mas fica tranquila que esta matéria não contém spoilers, ok? Vamos lá!
A série começa com uma narrativa que navega entre os acontecimentos de três anos diferentes, sendo eles 1993, 1994 e 1995, ou seja, aquela pegada dos anos 90 no estilo de se vestir e nas músicas é bem presente na história.
Tudo gira em torno de duas jovens, Jeanette (Chiara Aurelia) e Kate (Olivia Holt), trazendo aquele clichê da garota nerd que gostaria de ser popular, sabe? A trama começa a ganhar força quando Kate desaparece e Jeanette se torna a nova “abelha-rainha”. Em pouco tempo, Jeanette vai da nerd invisível para a popular descolada e depois para a adolescente mais odiada dos Estados Unidos, quando todos começam a pensar que ela está envolvida no sumiço de Kate.
O que conquista em Cruel Summer é o fato de todos os seus personagens serem bem explorados e trazerem um bom nível de complexidade – coisa que não é muito comum em produções do gênero. Conseguimos entender as motivações de cada um deles, o que deixa os episódios ainda mais ricos. E quando o assunto são as duas protagonistas, o aprofundamento é ainda maior, já que o roteiro oscila entre o ponto de vista das duas, ou seja, a dúvida sobre quem está dizendo a verdade se mantém até o último segundo.
Outro fator importante é como o enredo consegue se manter em um bom ritmo durante os 10 episódios. O mistério se instaura até o final com várias reviravoltas e sem se perder no meio disso. Sempre que você parece ter entendido tudo, alguma reviravolta acontece mantendo o thriller psicológico mais vivo do que nunca.
Eles conseguiram distribuir bem os acontecimentos para não termos nenhum episódio parado. Se fosse para listarmos os defeitos da série, eles ficariam em: reforçar o estereótipo de que para ser popular e amada, você precisa se encaixar em um determinado padrão de beleza e comportamento. E também, o lance de as atitudes ruins dos personagens, apesar de terem consequências pesadas, deixarem aquele sentimento de “sofri, mas valeu a pena“, sabe?
No mais, a fotografia usada para diferenciar cada um dos anos, deixando os anos “bons” com maior saturação e caindo para um tom quase sem cor nos acontecimentos posteriores, é um baita ponto positivo já que fica fácil identificar o período da história com esse recurso sendo usado de forma tão inteligente. A trilha sonora também é tu-do. Bandas como, Radiohead e Cranberries fazem parte de algumas das cenas mais importantes da série.
A trama também consegue explorar assuntos delicados dando a profundidade que eles precisam. Não podemos deixar de falar das atuações de Olivia Holt e Chiara Aurelia, que conseguiram dar todas as facetas que suas personagens precisavam, trazendo a sensibilidade e força que eram necessárias. A gente sente as emoções de cada uma delas, é surreal!
Se você gostou e ficou curiosa para assistir ela já foi renovada para segunda temporada, viu? Mesmo assim, a produção conseguiu dar um final que entregou as respostas para todas as perguntas. Então, não se preocupe!
Para a segunda temporada, Jessica Biel, produtora da série, disse que podemos esperar a mesma fórmula que deu certo na primeira: a ambientação na década de 90, três linhas do tempo na narração, história oscilando entre duas perspectivas e um grande mistério que será resolvido até o final da temporada.
Aviso de gatilho: a série tem imagens de aliciamento, agressão e assédio que podem ser perturbadoras. Assistam com cautela, ok?
O que você achou? Vai maratonar?