DUDA BEAT traz o surrealismo paras as pistas de dança com ‘Tara e Tal’

A cantora acaba de lançar seu terceiro álbum de estúdio e quer que ele seja "uma companhia para o momento onde a gente se arruma, sai na vida e se arrisca"

Por Arthur Ferreira Atualizado em 29 out 2024, 15h58 - Publicado em 12 abr 2024, 12h31
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a noite desta quinta-feira (12/4), DUDA BEAT lançou seu terceiro disco da carreira, Tara e Tal. Em12 faixas, a cantora vai da paixão para a melancolia enquanto passeia por diferentes aspectos do amor e do desejo. Com uma produção incrível do duo Lux & Tróia, DUDA entregou conceito e autenticidade, provando mais uma vez que é uma das artistas mais interessantes do cenário pop brasileiro. A CAPRICHO esteve presente na coletiva de imprensa realizada durante a festa de lançamento do disco, onde cantora contou alguns detalhe por trás do novo álbum.

“Esse é um disco para se divertir. É um disco que eu fiz para acompanhar a pessoa que está trocando de roupa para sair de casa, até a festa que ela vai, até a volta para casa. Então meu foco nesse disco é ser uma companhia para o momento onde a gente se arruma, sai na vida e se arrisca”, compartilhou DUDA BEAT.

Em Tara e Tal, DUDA quis trazer todos os sentimentos que uma noitada pode trazer, desde a empolgação em se arrumar para sair até a paixão em conhecer alguém novo e a melancolia da volta para casa. Para ela, o título do álbum já explica a história contada ao logo das faixas com a dualidade entre as duas palavras. “Tara é todo desejo que vem da paixão, do frio na barriga de se arriscar e ver o que vai rolar na noite, na vida. E o tal são todos os sentimentos que vem depois, sejam bons ou ruins. Seja a melancolia, seja voltar para casa e pensar naquele. Acontece, né?”, destacou a cantora.

Esse disco continua sendo super autobiográfico. Nele eu falo de um momento da minha vida que eu me divertia muito nas praias de Recife, nas tendas eletrônicas que tinha ali nos anos 90 e 2000.

DUDA Beat sobre seu novo disco, 'Tara e Tal'
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Desde que a capa do álbum foi revelada, muitos fãs tentaram analisar o conceito por trás da imagem. Com caixas de som pegando fogo espalhadas por um solo desértico enquanto DUDA posa com um look todo metálico, a intenção é justamente ser surreal. A cantora define o álbum como surrealista, a começar pela imagem, que traz elementos românticos, como a borboleta, mas desfocada. Isso porque as relações amorosas não são o foco do disco e, sim, sua autodescoberta.

“É como se fosse um renascimento meu ali. É essa coisa de se buscar, de se contentar com o que você é e se amar. Tudo e o que pode dar naquele lugar ali embaixo [solo árido], a gente não sabe, pode vir de tudo, coisas boas ou ruins. A gente tem que esperar para ver. É muito sobre o que vai nascer, sobre o novo.”

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O conceito surrealista não se limita apenas aos visuais, já que o álbum traz uma mistura de sonoridades “muito loucas”. A cantora gosta de brincar com diferentes ritmos e isso fica claro durante o álbum, que traz pop, eletrônico, baladas e até mesmo rock. Falando nisso, a cantora contou que, por ser um disco que a lembra da adolescência, resolveu trazer um pouco de rock para homenagear seu pai, que estava sempre escutando músicas do gênero quando DUDA chegava em casa depois de uma noite na balada.

“Tem uma música que é um super rock e do nada vira uma música latina, a gente gosta de fazer essas misturas, eu acho que também pelo fato de que eu tenho muitas referências. A gente gosta de brincar e essa, com certeza, é a parte divertida do meu trabalho”, pontuou DUDA.

Sobre as expectativas dos fãs e da indústria, DUDA deseja que todo mundo curta suas novas músicas, mas sem pressão. Para a cantora, se não gostarem, está tudo bem porque considera que sua dedicação à sua arte vai sempre se sobressair aos números.

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Eu espero que cada vez mais o pop alternativo se torne mainstream. Eu acho que essa é a minha missão aqui no mundo, porque isso inspira muitas pessoas que, assim como eu, querem fazer a arte delas na maneira que elas querem e não ligadas em números, Tik Tok e viralização. Eu acho que o maior trunfo para isso é você focar em si mesmo e não perder a sua essência

DUDA Beat sobre seu novo disco, 'Tara e Tal'

A cantora ainda fez um desabafo sobre como pode ser desafiador viver da arte e que, durante a quarentena de COVID-19 pensou em desistir de sua carreira. “Insistir em fazer arte é puxado. Eu saí da pandemia muito deprimida por causa disso e muito pensativa se eu ia continuar fazendo isso mesmo, mas fazer música é a coisa que mais me dá felicidade na vida. Cada vez mais eu tenho focado mais em mim para entregar o que eu sei fazer de melhor.”

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É válido lembrar que DUDA BEAT já anunciou as primeiras datas de sua próxima turnê, Tara e Tal: Dance All NIght, que começa no dia 16 de maio no Espaço Unimed, em São Paulo. Você pode garantir seu ingresso para a turnê no site da Ticket360.

“Vai ser uma turnê muito bonita, é uma turnê que vai ser construída em atos. Não vai ser dividido em disco, os atos vão contar a história desse meu renascimento e essa coisa de buscar ao redor e acabar encontrando um negócio dentro de si”, explica DUDA BEAT sobre a reformulação de seu show para a nova turnê. “É um show que vai estar focado muito na luz. Diferente da última turnê, onde muitas coisas aconteciam ao mesmo tempo, dessa vez a gente quer voltar a atenção do público para o que realmente é importante. Parece ser mais simples, mas é mais cronometradinho. Eu acho que vai ser um bonito espetáculo.”

Ouça Tara e Tal na íntegra:

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