M3GAN 2.0 se segura com comédia debochada, mas perde um pouco do caos

Sequência chega aos cinemas nesta quinta-feira (25) com mais cenas de luta, uma nova ameaça e o retorno da boneca que virou ícone da cultura pop

Por Arthur Ferreira 26 jun 2025, 15h00
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ois anos após conquistar o público com sua dança viral e seu carisma perturbador, a boneca assassina M3GAN está de volta: atualizada, mais poderosa e ainda com frases afiadíssimas. Em M3GAN 2.0, que estreia nesta quinta-feira (25), o terror camp continua presente, mas dá espaço a um estilo mais voltado para a ação familiar, o que muda um pouco o tom em relação ao primeiro filme.

Na trama, a inventora Gemma (Allison Williams), agora uma autora best-seller e ativista pelo controle da inteligência artificial, tenta criar um ambiente mais seguro para sua sobrinha adolescente Cady (Violet McGraw). Só que a garota, que cresceu com o trauma da primeira M3GAN, não está muito interessada em obedecer as novas regras da tia. Enquanto isso, um empresário inescrupuloso rouba a tecnologia do projeto original para desenvolver Amelia, uma boneca militar espiã com uma missão nada amigável: obedecer ordens humanas até onde for conveniente para ela.

GIF escrito
GIF/CAPRICHO

Interpretada por Ivanna Sakhno, Amelia é a grande ameaça da vez, mas não entrega o mesmo impacto visual ou narrativo que sua antecessora. O vilão da história, Cristian, vivido por Aristotle Athari, também não empolga: além de ser uma reviravolta muito óbvia, ele aparece com mais destaque apenas no terceiro ato, mas sua presença não carrega o carisma ou o exagero que o universo M3GAN já provou saber sustentar.

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Por outro lado, os primeiros momentos do longa funcionam muito bem, com piadas que funcionam muito bem. O humor ganha reforço com a participação de Cole (Brian Jordan Alvarez), personagem secundário que tem mais tempo de tela nesta sequência. Após brilhar na série English Teacher, o ator mostra que seu timing cômico funciona também na telona.

Como era de se esperar, a M3GAN não decepciona quando aparece. Embora entre em cena apenas no segundo ato, a boneca entrega boas falas, um momento musical (menos icônico que Titanium, mas ainda assim divertido) e assume seu lugar no confronto final contra Amelia. As referências a dilemas morais sobre o uso de IA estão lá. em tons didáticos até demais, e reforçam a tentativa do longa de alcançar um público mais amplo.

Mais ágil, mais explosivo e visualmente mais “clean”, M3GAN 2.0 aposta em um estilo quase blockbuster, com sequências que lembram filmes de super-herói. O resultado pode não ter o mesmo charme caótico do original, mas garante momentos de entretenimento e, claro, mais um capítulo para a lenda da boneca que sabe dançar, matar e dar boas tiradas.

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