Não deixe para virar fã da Pluma quando todo mundo souber quem eles são

Com um som que mescla incontáveis gêneros musicais, a banda diz à CH que sua "tendência não é ser minimalista".

Por Romulo Santana Atualizado em 10 mar 2025, 09h48 - Publicado em 10 mar 2025, 09h00
S

abe aqueles filmes meio coming of age em que um grupo de jovens forma bandas na garagem de casa durante o ensino médio ou quem sabe se apresentam nos corredores da faculdade, para depois ganhar os palcos?

Pois é, o Brasil pode bater no peito e dizer: eu tenho. E o nome dessa banda é Pluma. Formada por Marina, Dizzy, Guilherme e Lucas, ela estará nos palcos da próxima edição do Lollapalooza Brasil.

“Foi um pouco por acaso, a gente não sabia o que ia sair dali e não fazia ideia de que isso ia se tornar algo profissional”, disse Marina ao relembrar o processo de construção da banda em conversa com a CAPRICHO.

Para ela, a Pluma – que ainda não se chamava assim – nasceu da afinidade entre os integrantes e o encontro dos seus repertórios e referências musicais, “depois do primeiro ensaio entendemos que tinha rolado uma coisa muito legal”.

Continua após a publicidade

CAPRICHO conversou com eles e conta tudo que você precisa saber sobre a próxima banda queridinha do momento. Se fosse você, eu não deixaria para ser fã quando todo mundo souber quem eles são.

Como tudo começou

Você que faz faculdade já parou para pensar que o seu grupinho de migos cheio de sinergia poderia chegar aos palcos de um grande festival? Pois é, os quatro integrantes da Pluma Marina (vocais), Dizzy (teclados e sintetizadores), Guilherme (baixo) e Lucas (bateria) também não imaginavam que isso ia rolar enquanto cursavam Produção Fonográfica na Faculdade Belas Artes, em São Paulo, no ano de 2018.

Em 2020, eles lançaram seu primeiro EP, o Mais do Que Eu Sei Falar, e no ano seguinte lançaram o outro EP chamado Revisitar. O primeiro álbum só veio em julho de 2024, depois de dois anos de produção e olha, se você gosta de ouvir aquelas músicas cheias de personalidade, então o Não Leve a Mal pode ser para você.

Sempre gostamos da música pop, mas também da música que vem acompanhada de várias camadas e se equilibra entre o que é padrão, mas que também tem espaços para você ressignificar dentro de você [com suas próprias camadas].

Lucas, baterista da banda Pluma, para CH
Continua após a publicidade

Ao ouvir as músicas presentes no disco pela primeira vez, você pode sair com a sensação de que por ali existe um mundo de sons e referências do pop, jazz, rock psicodélico, ou até quem sabe um sonzinho mais alternativo que pode soar como algo inédito.

É como se você fosse convidado várias vezes para revisitar esse universo musical e encontrar um novo easter-egg escondido. O baterista Lucas diz que essa sensação está relacionada com a forma com a qual eles consomem música e por produzirem pensando no que gostariam de ouvir.

Dizzy, responsável pelos sintetizadores que marcam grande parte das faixas, disse que eles gostam de enxergar as composições como “sementinhas” que só se tornam música após passar pelo computador, “o nosso processo de pós-produção demora o dobro, ou quem sabe triplo do que a pré-produção”.

Continua após a publicidade

Guilherme, o baixista, diz que o processo de produção exigiu maturidade do grupo: “Muitas vezes tínhamos que olhar para as músicas, enxugar as ideias e perceber que talvez aquilo fosse demais. Tem um lugar da produção em geral que é o olhar para a música em terceira pessoa”.

Mari, que fica a cargo dos vocais, complementa dizendo que “a nossa tendência com certeza não é ser minimalista”, o que faz os quatro rirem.

O show tão esperado no Lollapalooza

Quem nunca foi a um festival e teve a chance de descobrir e se apaixonar por um artista que não teria conhecido se não fosse aquele show ao vivo? Eu mesmo poderia fazer uma lista de todos os artistas que tive oportunidade de conhecer assim e a Pluma é definitivamente uma daquelas bandas que você ouve e fala “isso tem a cara de um show de festival alternativo”.

Nos últimos meses, a Pluma já teve essa experiência de tocar para um público que ainda não conhecia o seu trabalho e esse foi um bom momento para testar o show, segundo a banda.

Continua após a publicidade

A Pluma agora enfrenta uma grande pressão para entregar seu melhor show até agora e, por isso, estão cada vez mais detalhistas. Eles prometem que este será um show diferente dos anteriores e querem impressionar quem ainda não se conectou com o som deles. Bora?

CH: Qual música vocês estão mais ansiosos para tocar ao vivo?

  • Mari e Gui estão doidos para tocar Corrida.
  • Já Dizzy e Lucas não veem a hora de apresentar Sem Você.

Lucas diz que a principal missão deles é ressignificar o álbum no palco do Lolla “A gente tá conseguindo pegar o álbum e dar novos tons em vários sentidos: arranjos, interpretações das músicas, estender algumas coisas que não acontecem no disco e gerar novos sentimentos em quem escutar o ao vivo” e ele acredita que isso vai fazer as pessoas que ainda não conhecem a banda partirem para as plataformas digitais e escutarem esse repertório.

O show da Pluma no Lollapalooza Brasil 2025 acontecerá na sexta, 28 de março, às 12h45. 

 

Publicidade