Zayn Malik desabafa sobre racismo sofrido na época do One Direction
Cantor publicou em seu Instagram um poema sobre racismo, xenofobia e suas raízes asiáticas, que se revelou a letra de sua nova música 'Fuchsia Sea'

este sábado (05), Zayn Malik surpreendeu os fãs ao compartilhar dois longos poemas nos stories de seu Instagram em que desabafa, pela primeira vez, sobre sua ancestralidade paquistanesa, relação com os pais, com a fama e sobre o racismo que sofreu enquanto fazia parte da banda One Direction.
Em um trecho do primeiro story, o cantor declara: “Sou convertido ao concerto, e fiz isso pela dimensão. Porque trabalhei duro em uma banda branca. E eles ainda riram dos asiáticos. Deixei uma marca azul numa bandeira branca,
depois usei sangue para a pintura”. Embora uma parcela dos comentários declarasse surpresa com a fala de Malik, boa parte dos fãs relembraram momentos da época da banda em que o racismo e a xenofobia com as raízes asiáticas e muçulmanas chegaram à público.
Omg Zayn via IG story!!! pic.twitter.com/1Yz7BMisNT
— Zayn Malik Daily (@zmdaily) July 5, 2025
Uma das fãs chegou a recordar de quando, aos 17 anos, o cantor chegou a ser chamado de “terrorista”, e de quando recebeu comentários e críticas de fãs brancos pedindo que ele parasse de “propagar o islamismo” ao publicar a expressão “Eid Mubarak” em suas redes sociais, uma fala em árabe usada para desejar um “feliz feriado” ou “festas”.
Outro momento comentado pela fã foi quando Malik, após compartilhar uma oração em árabe, foi chamado de “jihadista”, termo comumente usado para se referir a pessoas ligadas a movimentos extremistas islâmicos. Ela ainda afirma que ele era visto como “exótico”, “elogiado quando parecia ‘menos moreno’, ridicularizado quando parecia ‘muçulmano demais’.”
Zayn was literally branded a ter*orist at 17. He twted a simple Arabic prayer & got called a jihadi. He posted “Eid Mubarak” & white fans told him to stop pushing Islam. He was constantly exoticized only praised when he looked “less brown,” mocked when he looked “too Muslim.”… https://t.co/hQKOoofUTU
— hurrab🍁 (@heartweirdo) July 5, 2025
Apesar do apoio desses usuários, parte dos comentários questionou o desabafo do cantor, chegando a ridicularizar um “homem branco e hétero falando de preconceito”. Em resposta, fãs estão lembrando que, embora nascido no Reino Unido, Malik é filho de pai paquistanês, país asiático de maioria muçulmana.
as mesmas pessoas que estão perguntando “cadê o asiático” são as mesmas que zoam os estadunidenses por não saber geografia https://t.co/jyDBsna6wl
— sam • sorteio no fix (@hwgeternity) July 5, 2025
o pessoal nos comentários descobrindo que não existe só preto e branco no mundo https://t.co/9umMu3JiAi
— alexandre (@iexandre) July 5, 2025
um homem hétero e branco reclamando de sofrer preconceito, ata
— pedroca – jurídico da karla sofia gascon (@pedrox_666) July 5, 2025
Árabes são asiáticos. E nem todos que sofrem racismo são de etnia africana. Isso mostra que a educação brasileira está em declínio.
— Oscar Spengler (@oscarvspengler) July 5, 2025
Ele é asiático? pic.twitter.com/Qh4KuVlj4H
— GO! (@george_otavio) July 5, 2025
Contudo, horas mais tarde, os fãs descobriram que o poema publicado pelo cantor, na verdade, era a letra — ou parte dela — de sua nova música, um rapp chamado Fuchsia Sea, divulgado em sua página do Instagram junto de um vídeo curto, onde o cantor aparece andando em corredores, em estúdio de gravação e cenas de um carro. A data de lançamento da música ainda não foi divulgada.
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