Desfiles da 1ª Semana de Moda Periférica trouxeram coleções de resistência
A CAPRICHO acompanhou de perto a apresentação dos 26 aprendizes do Núcleo de Moda da Fábrica de Cultura do Jardim São Luís

Primeira Semana de Moda Periférica trouxe o trabalho de 26 aprendizes do Núcleo de Moda da Fábrica de Cultura do Jardim São Luiz, na Zona Sul de São Paulo. “É um ato de resistência a gente estar fazendo moda na periferia”, contou Fernanda, uma das estudantes que apresentou sua coleção neste sábado (30).
Com a exposição de um projeto que acredita no futuro da moda a partir das criações da periferia, a CAPRICHO acompanhou de perto o backstage e os desfiles da primeira edição do evento.
“O projeto nasce a partir do viés e do entendimento da demanda do território da Zona Sul, em específico, e de diversos criativos de moda que pensam identidade e moda enquanto expressão”, explica Jaque Loyal, ex-aprendiz do programa Fábricas de Cultura, criadora do Movimento de Moda Periférica Loyal e supervisora do Núcleo de Moda.
Para muitos dos aprendizes que, horas antes do desfile, estavam dando os ajustes finais nas peças, o momento era um misto de ansiedade e euforia. Trabalhar com moda se tornou a realização de um sonho que não parecia real.
“Eu estou chorando toda hora”, se emocionou Kitty, uma das aprendizes do Núcleo.
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Cada aluno criou sua própria coleção que era composta por cinco looks diferentes, personalizou o visual que aparecia em um telão e escolheu a trilha sonora para a apresentação. O trabalhos dos 26 aprendizes foi dividido em dois blocos, com treze desfiles em cada e um intervalo de 30 minutos.
Sempre com música alta, a Primeira Semana de Moda Periférica era também uma celebração do curso que reuniu centenas de pessoas em uma festa que contou com os shows de Tasha & Tracie e Karol Conká no final do dia.