Mulheres inspiradoras da moda: conheça a história da estilista Vivienne Westwood

Ela revolucionou o mundo fashion com suas criações punk e continua na ativa, lutando por causas como a sustentabilidade e o consumo consciente

Por Nuta Vasconcellos| Fotos: Divulgação e Getty Images Atualizado em 1 nov 2024, 13h43 - Publicado em 1 mar 2016, 18h40

Ao contrário do que muita gente pensa, a moda não se resume a glamour e roupas bonitas. É um meio de muito trabalho e de pessoas extremamente inspiradoras, que querem fazer a diferença no mundo. Entre elas, destacam-se muitas mulheres!

São tantas estilistas, modelos, fotógrafas, jornalistas e cia. que é difícil escolher só uma para contar a trajetória. Por isso, durante todo o mês de março, a CH vai compartilhar com você algumas histórias das mais incríveis figuras femininas do mundo fashion! Pra começar, que tal a rainha do punk, a estilista britânica Vivienne Westwood?

Sex Pistols, uma das maiores bandas de punk da história, surgiu em 1975 em Londres e foi uma das precursoras do movimento no Reino Unido. A banda também foi uma das primeiras a ter uma unidade visual e uma identidade forte. Adivinha quem foi uma das responsáveis por isso? Ninguém menos do que Vivienne Westwood!

Nos anos 70, a estilista e seu então namorado Malcolm McLaren abriram a Sex. Pra quem nunca ouviu falar, a loja foi a primeira a vender roupas de motoqueiro (em couro, látex e com muitos zíperes e spikes). Hoje, isso pode parecer banal, mas naquele tempo, nada disso era comum, já que o mundo estava no auge do movimento hippie. 

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Até hoje, aos 76 anos, Vivienne é uma das principais figuras do cenário fashion e desfila suas coleções na Semana de Moda de Paris. Ao longo dos anos, ela começou a usar seu lado rebelde para lutar por causas superimportantes, como sustentabilidade, consumo consciente e engajamento político.

Ela é uma das estilistas mais preocupadas com o consumo desenfreado atual e sempre defende a importância do slow fashion, um movimento que fala sobre a conscientização e a ideia de consumir menos em nome da natureza – além de lutar pelo fim de situações que são consequência da produção excessiva de artigos de vestuário, como o trabalho escravo. 

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Ela também se manifestou contra as leis antiterroristas adotadas pela Inglaterra após o atentado no metrô londrino em 2005. Vivienne criou t-shirts com frases como “Não sou terrorista, por favor, não me prenda”, criticando pré-julgamentos e preconceitos raciais e religiosos. 

Mesmo sendo conhecida por atacar e ironizar a monarquia, ela recebeu em 1991 o prêmio de estilista britânica do ano e, aos 64 anos, ganhou o título de “Lady” pela Rainha Elizabeth II da Inglaterra.

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Um de seus trabalhos mais incríveis foi a criação de uma linha de acessórios feita com lixo reciclado do Quênia, projeto que empregou muitas pessoas em Nairóbi, capital do país. Em 2013, no encerramento de seu desfile, Vivienne chamou a atenção para as diversas mudanças climáticas que estão acontecendo no mundo ao colocar na passarela vários cartazes, como o que dizia “Climate Revolution” (“Revolução do Clima”, em português).

Com sua atitude e personalidade ~diferentona~,  ela virou inspiração para outros estilistas e amantes do mundo da moda e das artes até hoje. E qual recado Vivienne tem para a nova geração de estilistas? “Não seja conformista. Saiba tirar proveito das duas principais funções da moda: diversão e expressão.” Maravilhosa!

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